Adesão de novos países é tema na agenda do Brics

A definição sobre os critérios para uma eventual ampliação do Brics e a criação de uma unidade de valor comum no comércio entre os países do bloco estão na pauta da 15ª Cúpula do Brics, que começa nesta terça-feira (22), em Joanesburgo, África do Sul, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Mais de 20 países já manifestaram formalmente interesse em integrar o Brics, como Irã, Arábia Saudita e Argentina. Alguns setores do governo federal temem a inclusão, no bloco, de países envolvidos em ditaduras.

Economia

A reunião do Brics também deverá ter discussões importantes sobre a possibilidade da criação de uma unidade de valor comum em transações comerciais e de investimentos entre os membros do agrupamento.

Segundo o governo brasileiro, a discussão sobre a unidade de valor comum ainda é embrionária.

O debate sobre o financiamento a projetos de cooperação e desenvolvimento, por meio do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB, na sigla em inglês), é um dos pontos em que pode haver avanços mais concretos, na avaliação de alguns analistas.

Segundo o governo brasileiro, a Cúpula do Brics deve avançar em temas importantes como aprimoramento da governança global, recuperação econômica, cooperação entre países em desenvolvimento, combate à fome, mudança do clima e transição energética.

Os analistas indicam que, apesar dos desafios e das tensões geopolíticas, a cúpula representa uma oportunidade para abordar questões críticas, fortalecer a cooperação e definir a direção futura do grupo.

O que é o Brics?

O Brics é um grupo de países formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, que discutem ações integradas, sobretudo nos setores político e econômico.

Além da concertação política, o Brics contempla iniciativas setoriais e de cooperação, incluindo comércio e finanças, ciência, indústria, energia, tecnologia e saúde.

Com dados e foto da Agência Brasil e UOL