Alunos do Centro de Ensino Antero Câmara Penha, do povoado Jacaré, município de Penalva, e do Centro de Ensino Casemiro de Abreu do Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IEMA), do município de Tutóia, tiveram seus projetos sustentáveis premiados na 10ª edição do ‘Solve For Tomorrow Brasil’, realizado pela Samsung.
Com o projeto “Produção de biogás e biofertilizante: alternativa sustentável na comunidade”, os alunos de Penalva, Alexcelia Gomes, Caio Serejo, Hilderlene Lopes, Ketily Boas e Sara Arouche, com a supervisão do professor Geovane Muniz, conquistaram o 2º lugar na premiação.
Os alunos de Tutóia, Inara dos Santos Alves, Luan Oliveira dos Santos, Mackson Henrique Alves Veras, Gustavo da Silva Araújo e Rayka da Silva de Sousa, conquistaram o 3º lugar, com o projeto “Produção de combustível sólido de alto rendimento com cascas de coco e serragem”, coordenado pelo professor Lute Rafael de Souza.
Para o vice-governador e secretário de Estado da Educação, Felipe Camarão, essas conquistas de alunos e professores da rede pública estadual têm se tornado, cada vez mais frequente, devido a um processo de incentivo e formação, voltada para gestores e docentes de todo o Maranhão.
Solve For Tomorrow
O Solve For Tomorrow Brasil, realizado pela Samsumg, busca incentivar estudantes do ensino médio de escolas públicas a identificar problemas dentro de suas próprias comunidades, e desenvolver soluções sustentáveis, baseadas em ciência e tecnologia.
Os projetos aceitos na iniciativa devem ter como base o conceito de sustentabilidade, vinculado com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que é o conjunto de 17 metas globais estabelecidas na Assembleia Geral das Nações Unidas e fazem parte da Agenda 2030.
Penalva
O projeto dos alunos de Penalva Teve início com a observação de alunos e do professor de Biologia, Geovane Muniz, da escola Antero Câmara Penha (antigo Centro de Ensino Sabino Barros), em relação à poluição de rios e mares pela planta Aguapé, que se prolifera de forma desordenada, causando transtorno à navegação da região de Penalva.
Outra problemática que foi detectada ao longo do projeto é o uso de fogão à lenha ou carvão por moradores da comunidade. Após estudo, a equipe identificou que a biomassa da Aguapé é rica em nutrientes, que após fermentados por bactérias aneróbias, produzem um biogás chamado metano.
Durante a produção do biogás, a biomassa triturada da Aguapé foi misturada com esterco de vaca, fezes de galinha e caldo de mandioca. Essa mistura foi a que deu melhor resultado. O biogás é considerado uma energia limpa, não polui o meio ambiente e é uma excelente alternativa para gás de cozinha, principalmente nas residências que utilizam fogão à lenha ou carvão.
Alexcélia Gomes, 16 anos, estudante do 1º ano do ensino médio e uma das integrantes do projeto, expressa toda a emoção da conquista, em nome dos demais colegas. “Ter ganhado esse prêmio tem total relevância tanto para nós, quanto para o nosso povoado Jacaré. Os resultados dos nossos estudos irão contribuir, inclusive, com a economia local, através de um projeto sustentável”, ressaltou.
Tutoia
O Projeto ‘Produção de Combustível Sólido de Alto Rendimento com Cascas de Coco e Serragem’, idealizado por alunos do Centro de Ensino Casemiro de Abreu (IEMA) – Tutóia, ficou com a terceira colocação e consiste na produção de um combustível sólido de alto rendimento, feito com pó de casca de coco e serragem.
Durante o processo, as cascas de coco seco são trituradas com ralador de coco convencional e em seguida, uma parafina líquida é aquecida até a fusão, sendo adicionada ao pó e às serragens da casca do coco seco em diferentes proporções.
As misturas são adicionadas em formas com formatos cilíndricos e levadas ao forno, a uma temperatura de 180 graus, por dez minutos, até homogeneizar, resultando em um combustível sólido que poderá ser utilizado, inclusive, no preparo de alimentos.
“O nosso projeto nasceu da disciplina eletiva Made in Tutóia, que criava ideias voltadas para o empreendedorismo e reaproveitamento de três produtos nativos: mandioca, camarão e o coco. A partir daí, resolvemos dar um destino para o descarte da casca de coco, muito consumido em nosso município, nascendo assim, a produção de um novo combustível sólido”, relata o professor Lute Rafael, que contou com a parceria da professora Ivonete Carvalho de Oliveira.
Premiação
As duas escolas maranhenses receberam um projetor, além de troféu, placa comemorativa e selo digital. Já os professores das equipes vencedoras receberam um notebook. Alunos do 2º lugar foram premiados com um notebook e uma smart TV; e os alunos do 3º lugar ganharam um galaxy watch e uma smart TV.
Os projetos classificados foram analisados com foco no alinhamento e desenvolvimento na abordagem Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (STEM) e na proposição de ideias criativas e/ou inovadoras.