Uema abre inscrições para quebradeiras de coco babaçu e agroextrativistas cursarem nível superior

Quebradeiras de coco babaçu e agroextrativistas que desejam o tão sonhado diploma de nível superior, a Universidade Estadual do Maranhão (Uema) está com processo seletivo aberto para o curso de licenciatura em Educação do Campo/ Ciências Humanas. São 30 vagas dedicadas para quebradeiras de coco e professores vinculados à rede de ensino que são agroextrativistas. A licenciatura terá duração de 4 anos e as aulas serão na modalidade de formação por alternância, em São Luís.

As inscrições terão início, nesta segunda-feira (20), às 8h, e prosseguem até o dia 7 de junho. Podem ser feitas, de forma presencial, nos Campus da Uema de São Bento e de Santa Inês. Em São Luís, no Prédio do Curso de História da Uema, localizado no Centro Histórico. As inscrições também podem ser feitas de forma on-line no link: sigconcursos.uema.br.

Essa conquista é fruto de articulação do Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCB) junto à Universidade Estadual do Maranhão.

Esta é a primeira vez que a Uema, por meio do Programa de Formação Docente para atender a Diversidade Étnica do Maranhão (Proetnos), beneficia diretamente quebradeiras de coco babaçu. Nos anos anteriores, o Proetnos contemplava apenas quilombolas e indígenas.

Na manhã desta segunda-feira (20), o reitor da Uema, Walter Canales Santana, estará no Centro de Formação das Quebradeiras de Coco Babaçu para conversar com as mulheres quebradeiras e divulgar essa grande conquista.

O Centro de Formação das Quebradeiras de Coco Babaçu está localizado na Rua da Palma, nº 489, Centro Histórico de São Luís, próximo ao Convento das Mercês. Neste mês o espaço completou um ano de funcionamento e já recebeu duas turmas (jovens e mulheres), na modalidade formação por alternância.

O Proetnos foi criado para formar e qualificar professores para assumir os processos de escolarização nos territórios dos povos e comunidades tradicionais no Estado do Maranhão, garantindo assim a autonomia desses territórios, uma vez que os professores a serem formados devem ser exclusivamente oriundos das suas comunidades e povos.