O Pix é estratégico e vai permanecer sob gestão pública do Banco Central (BC), disse nesta semana, o presidente do BC, Gabriel Galípolo, durante um evento realizado no Rio de Janeiro.
A declaração do presidente do BC vem num momento em que o Pix foi alvo de ataques do presidente da República dos Estados Unidos da América (EUA), Donald Trump, que teria iniciado uma investigação por enxergar o Pix como uma ameaça às gigantes de cartões norte-americanas, como Visa e Mastercard.
Para Gabriel Galípolo, a manutenção da administração pública do Pix é importante para impedir conflitos de interesses, caso o sistema fosse gerido por empresas privadas.
Inclusão financeira
O presidente do BC destacou que o Pix é uma ferramenta que facilita a inclusão financeira, ao ampliar o acesso da população à infraestrutura bancária. Atualmente, ressaltou Galípolo, o Pix tem 858 milhões de chaves cadastradas, com 250 milhões de transações diárias, em média.
O presidente do BC negou qualquer rivalidade entre o Pix e os outros meios de pagamento. Segundo ele, a ferramenta não está provocando prejuízos aos bancos porque as transações com cartões de crédito e de débito aumentaram mais nos últimos anos do que cresciam antes do Pix.
“Os cartões de débito, pré-pago e, em especial, os de crédito, apresentam uma taxa de crescimento maior do que antes do advento do Pix. O que elimina qualquer ideia de rivalidade ou de que um estaria canibalizando o outro, a partir de alguma lógica que possa tentar ser apresentada”, destacou.