Até as 16h desta sexta-feira (3), 113 casos de intoxicação por metanol após a ingestão de bebida alcoólica haviam sido registrados em todo o país, informou o Ministério da Saúde.

A pasta começou a divulgar um boletim diário dos casos, com base nos dados enviados pelos estados.

Ao todo, são 11 casos confirmados e 102 em investigação. Na divisão por estados, São Paulo lidera com 101 registros (11 confirmados e 90 em investigação).

Também há casos suspeitos nos seguintes estados:

• 6 em Pernambuco;
• 2 na Bahia;
• 2 no Distrito Federal;
• 1 no Paraná;
• 1 no Mato Grosso do Sul.

Recomendação do Ministério da Saúde

Ministério da Saúde recomenda que a população brasileira evite o consumo de bebidas alcoólicas destiladas que tenha procedência duvidosa.

Câmara dos Deputados 

A Câmara dos Deputados aprovou, na quinta-feira (2), urgência para votar o projeto que torna crime hediondo a adulteração de alimentos ou bebidas a partir da adição de ingredientes que causem risco à vida ou grave ameaça à saúde.

Carlos Brandão 

Nas redes sociais, o governador Carlos Brandão reforçou a recomendação do Ministério da Saúde:

“A recomendação do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, é evitar o consumo de bebidas destiladas, especialmente as incolores, diante dos casos de intoxicação por metanol, substância que tem provocado mortes no país. Peço que acompanhem todas as orientações e adotem os cuidados necessários, para prevenir novos casos”, postou Carlos Brandão.

Fiscalização no Maranhão 

Em São Luís, equipes da Polícia Civil do Maranhão (PC-MA) e do Instituto de Promoção e Defesa do Cidadão e Consumidor do Maranhão (Procon Maranhão) realizaram, no fim da tarde desta sexta-feira (3), uma fiscalização preventiva em bares da Península da Ponta d’Areia.

As autoridades verificaram a procedência de bebidas destiladas e conversaram com donos e gerentes dos estabelecimentos sobre o perigo da intoxicação por metanol, que não tem casos suspeitos no Maranhão, mas já registra mais de 100 possíveis vítimas em cinco estados brasileiros

Rapper Hungria está internado

O caso de Brasília envolve o rapper Hungria, que está internado em um hospital do Distrito Federal. Segundo os médicos, o estado de saúde dele é estável.

A família de Hungria informa que ele comprou vodca em dois locais. Em uma distribuidora de Vicente Pires (Região Metropolitana de Brasil), levou uma garrafa. À tarde, policiais e agentes sanitários interditaram o estabelecimento e recolheram garrafas da bebida.

Remédio para o tratamento

O Ministério da Saúde estabeleceu um estoque de etanol farmacêutico nos hospitais universitários federais e vai comprar 4,3 mil ampolas do medicamento, antídoto ao metanol.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) mapeou 604 farmácias de manipulação que podem fornecer o de etanol farmacêutico. O Governo Federal está, também, em busca da importação do fomepizol, remédio recomendado em caso de intoxicação com metanol.

Está sendo formalizado um edital de procura para as agências reguladoras de dez países acionem os fabricantes de fomepizol – outro antídoto, mais eficaz, que não é produzido no Brasil.

(Foto/Capa/Instagram de Hungria): rapper Hungria