Ana Marcela Cunha, baiana de 29 anos, dona de 11 medalhas em Campeonatos Mundiais de Esportes Aquáticos, brilhou nas águas abertas de Tóquio e conquistou mais uma medalha de ouro para o Brasil, que se aproxima de quebrar o recorde dos jogos olímpicos do Rio (2016) e garantir o maior número de medalhas da história do país. A inédita conquista olímpica de Ana Marcela, a “pitbull”, na Maratona Aquática (10KM) com o tempo de 1h59min30s08, no Odaiba Marine Park, coroou de dourado uma das atletas mais vencedoras do Brasil e aumentou ainda mais o protagonismo das mulheres nos jogos olímpicos de Tóquio.  Completaram o pódio junto de Ana Marcela, a holandesa Sharon van Rouwendaal, ouro na Rio 2016, que ficou com a  prata e o bronze terminou nas mãos da australiana Kareena Lee.

A medalha de Ana Marcela Cunha, foi a oitava medalha da delegação feminina do Brasil na Olímpiada de Tóquio, quebrando assim o recorde de 7 pódios em Pequim 2008. Essa já é a olímpiada mais vitoriosa para as atletas do Brasil, em uma mesma edição. Antes de Ana Marcela Cunha, já haviam conquistado medalhas: Ouro – Rebeca Andrade (ginástica – salto), Martine Grael/Kahena Kunze (vela- classe 49erFX); Prata – Rebeca Andrade (ginástica – individual geral), Rayssa Leal (skate- street); Bronze – Laura Pigossi/Luisa Stefani (tênis – duplas), Mayra Aguiar (judô – até 78kg); Garantida – Beatriz Ferreira (até 60kg – boxe) já está na semifinal, portanto, já tem uma medalha garantida, ainda não se sabendo a cor.

O Brasil pode quebrar outros recordes em Tóquio: recorde de medalhas, recorde de ouros e melhor posição na história do quadro. O recorde atual de medalhas do Brasil são dos jogos olímpicos da Rio 16, com 19 medalhas. O recorde de ouro também é da Rio 16, 7 ouros e a melhor posição também foi obtida nos jogos olímpicos do Rio, 13ª colocação. Faltando 4 dias para o fim da participação brasileira nos jogos, o Brasil nesse momento tem 15 medalhas no quadro, quatro ouros, três pratas e oito bronzes, e tem outras três já garantidas (duas no boxe que podem ser ouro, prata ou bronze e o futebol masculino que disputa o ouro com a Espanha). Com 18 pódios já certos, é muito provável que a delegação supere as 19 medalhas da Rio 2016, já que ainda há muitas medalhas prováveis em jogo, como a de Isaquias Queiroz no C1 1000m, vôlei masculino e feminino.

A seleção brasileira de vôlei feminino, é semifinalista em Tóquio. O confronto aconteceu diante da Rússia e a vitória veio por 3 sets a 1, com parciais de 23/25, 25/21, 25/19 e 25/22. Na próxima sexta-feira, em horário ainda a ser definido, o Brasil encara a Coreia do Sul por um lugar na decisão. Se avançar terá pela frente a vencedora da outra semifinal entre EUA e Sérvia.

Em contrapartida, no vôlei de praia, Alison, atual campeão olímpico e Alvaro, se despediram dos jogos ao perder nas quartas de final para a dupla da Letônia, por por 2 a 0, parciais de 21/16 e 21/19. Esporte que já trouxe 13 medalhas para o Brasil, o vôlei de praia passará em branco nos Jogos de Tóquio pela primeira vez na história.

Reportagem: Weslley Maranhão

4/8/2021