A escritora mineira Ana Maria Gonçalves foi eleita para a Cadeira nº 33 da Academia Brasileira de Letras (ABL). A autora, de 55 anos, consagrada pela obra Um Defeito de Cor, é a primeira mulher negra a integrar a ABL em 128 anos de existência da instituição e, também, a mais jovem do atual quadro de imortais.
Escritora, roteirista e dramaturga, Ana Maria Gonçalves é autora do aclamado romance Um Defeito de Cor, vencedor de vários prêmios. A obra foi definida, pelo crítico e escritor Millôr Fernandes, como a mais importante da literatura brasileira do século XXI.
Já considerado um clássico da literatura brasileira, Um Defeito de Cor conta a história de Kehinde, uma mulher africana que atravessa o século 19 em busca de reencontrar o filho. O texto envolve temas como escravidão, racismo, ancestralidade e resistência.
A obra inspirou o samba-enredo da escola de samba Portela no carnaval de 2024 no Rio de Janeiro.
A ABL ressalta que a escritora tem sólida atuação no Brasil e no exterior. Tem se destacado na difusão de debates sobre literatura e questões raciais.
A vaga que será ocupada por Ana Maria Gonçalves foi aberta com a morte do gramático, professor e filólogo Evanildo Bechara, em 22 de maio, aos 97 anos.
Quem é a nova Imortal
Ana Maria Gonçalves nasceu em Ibiá, no estado de Minas Gerais, em 1970.
Trabalhou como publicitária em São Paulo, mas abandonou a profissão em 2002 para morar em Itaparica, cidade localizada na Baia de Todos os Santos, na Bahia, os se dedicou à literatur