O senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI da Covid, discutiu na sessão de hoje com o senador governista Marcos Rogério (DEM-RO). O bate boca aconteceu após Marcos Rogério citar um suposto “gabinete digital paralelo” da CPI que, segundo ele, repassa documentos sigilosos a internautas.
Aziz argumentou dizendo que é uma decisão da CPI tornar público alguns documentos. “Tudo chegava aqui como sigiloso e aquelas coisas que a CPI decide que não são sigilosas podem chegar na mão de quem quiser”.
Em seguida, o presidente da CPI critica a defesa do colega ao governo Jair Bolsonaro (sem partido).
“Onde você não vê corrupção, a gente vê corrupção passiva. Onde você não vê administração caótica, eu vejo, o Brasil está vendo. Todos que sentaram aqui, Elcio Franco, Pazuello, Roberto Dias e outras pessoas do Ministério da Saúde mostram quem estava conduzindo a maior crise de saúde do mundo.”
Após mencionar indícios de corrupção passiva, Aziz diz que o coronel Marcelo Blanco, depoente do dia na CPI, ainda não negou que houve pedido de propina à empresa Davati Medical Supply. “O coronel Blanco fez todo esse esforço a troca de um tapinha nas costas? Você me erre, aqui não tem otário. Vossa Excelência [senador Marcos Rogério] não é nenhum menino para acreditar em conversa da carrocinha.”
A CPI da Covid ouve hoje o coronel da reserva Marcelo Blanco, ex-assessor do Ministério da Saúde apontado como possível elo entre a empresa Davati Medical Sypply e a pasta. O militar está sendo cobrado a dar explicações sobre como ocorreu a aproximação entre o policial militar Luiz Paulo Dominguetti, vendedor da Davati, e o ex-diretor de logística do ministério Roberto Dias.
Reportagem: Weslley Maranhão
4/8/2021