O Brasil registrou oficialmente a criação de 147 mil empregos formais no mês de agosto, aponta o novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado na segunda-feira (29) pelo ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho.
Foram registradas mais de 2,2 milhões de admissões e quase 2,1 milhões de desligamentos. Somando os resultados do ano, já são 1,5 milhão de novos empregos formais, o que corresponde a um aumento de 3,18% em comparação a dezembro de 2024.
Em agosto, a geração de empregos com carteira assinada avançou 9,76% em relação a julho. O setor de Serviços liderou a criação de vagas, com um saldo de 81 mil postos, seguido pelo Comércio, que abriu 32,6 mil, e pela Indústria, responsável por pouco mais de 19 mil.
Por outro lado, a agropecuária apresentou resultado negativo, com 2.600 postos a menos.
Segundo Marinho, o Brasil segue registrando crescimento no emprego formal, embora em ritmo mais moderado. Na avaliação do ministro, é possível que as tarifas impostas pelo governo americano ao Brasil tenham impactado um pouco a geração de emprego no Sul do país.
“Você tem um pequeno impacto das tarifas do sr. Trump. Rio Grande do Sul, por exemplo. Santa Catarina. Enfim, você tem um pequeno impacto, uma influência aí da tarifa. Mas eu diria que o maior impacto é dos juros, porque o impacto da tarifa, ela impacta em alguns setores específicos, especialmente os que trabalham com quase ou com exclusividade alguns produtos para o comércio americano.”
Marinho demonstrou preocupação com o elevado patamar da taxa básica de juros e classificou essa questão como um dos principais entraves para a expansão do mercado de trabalho brasileiro.
“Agora, os juros impactam bastante, porque interferem no conjunto da economia e não em setores específicos. Então, os juros, de fato, estão pegando pesado com o ritmo do crescimento. Não sei o que o Banco Central vai fazer, não dá para saber, são eles que sabem. Eu espero que eles não permaneçam teimosamente com essas tarifas absurdas praticadas na economia brasileira.”