Os Estados Unidos e a China concordaram em reduzir, temporariamente, as chamadas “tarifas recíprocas” entre os dois países durante 90 dias.
Representantes das duas potências anunciaram o acordo em conjunto, na madrugada desta segunda-feira (12), depois de encontro entre gestores dos dois países, em Genebra, na Suíça. Eles disseram que a redução das tarifas entrará em vigor até quarta-feira (14), mas não divulgaram a data exata.
Consenso
O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent informou que o consenso das delegações é de que nenhum dos lados deseja um desacoplamento. “E o que havia ocorrido com essas tarifas altíssimas era o equivalente a um embargo e nenhum dos lados quer isso. Queremos o comércio”.
Bessent explicou, porém, que o acordo não inclui tarifas específicas para cada setor e que os EUA continuarão o “reequilíbrio estratégico” em áreas como medicamentos, semicondutores e aço, onde identificaram vulnerabilidades na cadeia de suprimentos.
Reação do mercado
A escalada das medidas tarifárias do presidente americano Donald Trump, com o objetivo de reduzir o déficit comercial dos EUA, abalou os mercados financeiros no mundo todo no mês passado.
Após o anúncio de um acordo entre EUA e China, o dólar passou a subir em relação a outras moedas importantes e os mercados de ações se recuperaram, com a diminuição da possibilidade de recessão global por conta do tarifaço.