Esta quarta-feira (9) é o dia mais curto do ano

Esta quarta-feira (9) é o dia mais curto do ano. Isso acontece porque o planeta Terra vai girar em torno de seu próprio eixo em uma velocidade ligeiramente maior do que o normal, fazendo com que o dia dure 1,30 milissegundo a menos.

A Terra leva, em média, 86.400 segundos para completar uma rotação — o que representa as 24 horas de um dia. Nesta quarta-feira, no entanto, o planeta vai acelerar levemente esse movimento e completará a volta com 1,30 milissegundo a menos.

O encurtamento é muito pequeno. Tem uma duração menor do que um piscar de olhos que dura cerca de 300 milissegundos.

A Terra está acelerada

Até 2020, o dia “mais curto” registrado havia acontecido em 5 de julho de 2005, com duração de 1,0516 milissegundos a menos que 24 horas.

Mas em 2020, a Terra registrou os 28 dias mais curtos que se tem conhecimento desde que os relógios atômicos começaram a ser usados ​​na década de 1960.

Em 19 de julho de 2020, o planeta bateu o recorde que havia estabelecido em 2005, registrando um dia 1,47 milissegundos mais curto que o normal.

Depois, seguiu em um novo recorde, em 29 de junho de 2022 com o dia mais curto já visto: 1,59 milissegundos mais curto que o normal.

 Causas do fenômeno

O fenômeno não é raro. Em 2025, além desta quarta-feira, os dias 22 de julho (1,38 milissegundo) e 5 de agosto (1,51 milissegundo) devem ser ligeiramente mais curtos.

Cientistas ainda não sabem exatamente por que isso ocorre. Eles explicam que, ao longo da história da Terra, variações na rotação são comuns e não representam motivo de preocupação.

Os especialistas explicam que, em escalas temporais de décadas (entre 10 e 100 anos), a duração dos dias tem algumas variações irregulares.

“A gente sabe que, de modo geral, a Terra vem desacelerando sua rotação desde a sua formação. Há bilhões de anos atrás, por exemplo, um dia durava cerca de cinco horas, bem diferente das 24 horas que dura atualmente”, informa que o diretor do Observatório Nacional, Fernando Roig.

Fernando Roig explica que essa desaceleração não é completamente regular. “Eventualmente, ocorrem pequenas acelerações momentâneas, que é o que a gente está vendo nesse momento”.

Os cientistas concordam que essas mudanças são causadas pela interação de fatores como a atividade do núcleo fundido do planeta e o movimento dos oceanos e da atmosfera. Mas, não sabem exatamente o motivo pelo qual elas acontecem.

Apesar disso, eles ainda apontam que é surpreendente a precisão de cronômetro, já que só se perde alguns milissegundos.