A partir deste sábado (1º), estudantes com dívidas do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), referentes a contratos firmados a partir de 2018, poderão renegociar seus débitos com condições especiais. O prazo para adesão segue até 1º de janeiro de 2026.
De acordo com o Ministério da Educação (MEC), cerca de 160 mil estudantes poderão ser beneficiados pela medida, que abrange R$ 1,8 bilhão em saldo devedor.
O objetivo é oferecer alívio financeiro e permitir que os devedores limpem seus nomes junto aos cadastros de restrição de crédito.
O Fies é um programa do MEC que concede financiamento a estudantes de cursos de graduação em instituições privadas de ensino superior.
Como fazer a renegociação?
A Caixa Econômica Federal é o agente financeiro responsável pelos contratos e pela renegociação das dívidas. Todo o processo deve ser feito de forma digital, pelo aplicativo Fies Caixa (disponível para smartphones) ou pelo site da Caixa.
Termo Aditivo
A renegociação será formalizada por meio de um termo aditivo ao contrato original do financiamento, com a concordância expressa do estudante e de seus fiadores.
Esse termo cria uma nova obrigação de pagamento, com o novo prazo e valor.
Se a pessoa que renegociou a dívida do Fies deixar de pagar alguma das parcelas do novo acordo, o financiado e seus fiadores terão seus nomes e CPFs incluídos em cadastros restritivos de crédito.
Condições e prazos
O novo programa de regularização oferece parcelamento em até 180 vezes (15 anos), com desconto de 100% sobre juros e multas. A parcela mínima será de R$ 200, exceto quando o valor total da dívida for inferior a esse montante.
Quem pode renegociar
Podem aderir à renegociação os estudantes que:
tenham contratos do Fies assinados a partir de 2018;
estejam na fase de amortização (ou seja, já concluíram o curso e iniciaram o pagamento do financiamento);
possuam pagamentos em atraso há mais de 90 dias, contados a partir de 31 de julho de 2025.
Mais informações e as regras completas podem ser consultadas na Resolução nº 64/2025 do MEC.