O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, afirmaram que o Governo do Brasil vai aguardar anúncios oficiais sobre assinatura, pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nesta semana, de decreto que impõe tarifas de 25% para todas as importações de aço e alumínio para o país a partir de 4 de março.
O ministro afirmou que o Governo do Brasil iria esperar “decisões concretas” do presidente Trump antes de anunciar qualquer resposta a um eventual aumento de tarifas.
“O governo tomou uma decisão de só se manifestar oportunamente com base em decisões concretas, não em anúncios que podem ser mal interpretados, revistos. Então, o governo vai aguardar a decisão oficialmente, antes de qualquer manifestação”, afirmou Haddad.
A medida, que pode atingir em cheio o setor de siderurgia de países como México, Canadá e Brasil, faz parte de uma das principais promessas de campanha eleitoral de Trump.
“Nossa nação precisa que o aço e o alumínio permaneçam na América, não em terras estrangeiras. Precisamos criar para proteger o futuro ressurgimento da manufatura e produção dos EUA, algo que não se vê há muitas décadas”, disse Trump.
Aço importado do Brasil
Cerca de 25% do aço usado nos EUA é importado.
No ano passado, o Brasil foi o segundo maior fornecedor de aço para os EUA, em volume, segundo dados do Departamento de Comércio americano, atrás apenas do Canadá.
Em 2023, os EUA compraram 18% de todas as exportações brasileiras de ferro fundido, ferro ou aço, segundo o governo brasileiro.