O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), a inflação oficial no país, teve alta de 1,16% em setembro, após ficar em 0,87% em agosto. Esse é o maior resultado para o mês desde 1994 (1,53%) e foi puxado pela alta na conta de luz. Em setembro do ano passado, a variação mensal foi de 0,64%. Nos últimos 12 meses o índice acumula alta de 10,25%.
Reportagem: Alexandra Fiori/Agência Radioweb
8/10/2021
Os dados foram divulgados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e se referem às famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos, abrangendo dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.
No ano, o IPCA acumula alta de 6,9% e, nos últimos 12 meses, de 10,25%. Com isso, a inflação fica acima da meta estabelecida pelo Banco Central para este ano, que é de 3,75%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos, ou seja, podendo variar entre 2,25% e 5,25%.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito tiveram alta em setembro, informou o IBGE. O maior impacto (0,41 ponto percentual) e a maior variação (2,56%) vieram do grupo de habitação, puxado principalmente pela alta da energia elétrica (6,47%).
Em setembro, passou a valer a bandeira de escassez hídrica, que acrescenta R$ 14,20 na conta de luz a cada 100 kWh consumidos. Em agosto, a bandeira vigente era a vermelha patamar 2, na qual o acréscimo era menor (de R$ 9,49 para 100 kWh).