A Câmara dos Deputados aprovou, na terça-feira (4), o projeto de Lei (PL) que aumenta, de maneira gradual, a licença paternidade até 20 dias.
Hoje o período de licença-paternidade é de cinco dias.
A proposta aprovada aumenta a licença, de forma escalonada, de 10 dias do primeiro ao segundo ano de vigência da lei até 20 dias a partir do quarto ano.
O projeto determina que a licença de 120 dias será concedida apenas em caso de falecimento materno.
A licença ainda poderá ser dividida em dois períodos a partir da requisição do empregado.
O partido Novo teve posição contrária ao projeto, argumentando que a medida vai impactar o funcionamento das empresas, com reflexos na economia do Brasil.
O texto, agora, retorna para análise no Senado antes da sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Escalonamento
Com as alterações, o prazo máximo estabelecido para a licença-paternidade será:
– De 10 dias – a partir do primeiro ao segundo ano;
– De 15 dias – do segundo ao terceiro ano;
– De 20 dias -, a partir do quarto ano.
Salário paternidade
O texto diz ainda que a licença-paternidade e o salário-paternidade nos casos de nascimento, adoção ou guarda judicial para fins de adoção de criança ou adolescente com deficiência, passarão de 30 para 60 dias, com vigência escalonada até o quinto ano de vigência da lei.
A licença-paternidade é concedida ao empregado, com remuneração integral, em razão de nascimento de filho, de adoção ou de guarda judicial para fins de adoção de criança ou adolescente, sem prejuízo do emprego e do salário.
Impacto nas finanças
Os recursos para o pagamento da licença virão do Regime Geral da Previdência Social (RGPS).
Caso o texto seja aprovado, a estimativa apresentada pelo relator diz que a previsão é de que o impacto fiscal líquido (despesas e perda de receita) será de cerca de R$ 2,61 bilhões, em 2026; de R$ 3,3 bilhões, em 2027; de R$ 4,35 bilhões, em 2028; de R$ 5,44 bilhões em 2029.