Um dos maiores nomes da literatura latino-americana, o escritor Mario Vargas Llosa, vencedor do Nobel da Literatura em 2010, morreu, no domingo (13), em Lima, no Peru. A morte foi anunciada pelo filho, Álvaro Vargas Llosa. A causa não foi informada.
“É com profundo pesar que anunciamos que nosso pai, Mario Vargas Llosa, faleceu hoje, em Lima, cercado pacificamente por sua família”, escreveu o filho do escritor nas redes sociais.
Nascido na cidade de Arequipa, no sul do Peru, em 28 de março de 1936, em uma família de classe média, foi educado por sua mãe e seus avós maternos em Cochabamba (Bolívia) e, depois, no Peru.
Prolífica carreira literária
Vargas Llosa foi um dos grandes protagonistas, juntamente com o colombiano Gabriel García Márquez, o argentino Julio Cortázar, e o mexicano Carlos Fuentes, do “boom latino-americano”, um fenômeno literário que, nas décadas de 1960 e 1970, tornou os jovens autores da região conhecidos em todo o mundo.
Ganhou notoriedade com a publicação de “A Cidade e Os Cachorros”, em 1963, seguida três anos depois por “A Casa Verde”. Seu prestígio se consolidou com “Conversa no Catedral” (1969).
Admirado por sua descrição das realidades sociais em obras-primas da literatura, no plano político seus posicionamentos liberais provocaram hostilidade em um meio intelectual que geralmente tende à esquerda.
Guerra de Canudos
Um dos romances de destaque de Mario Vargas Llosa Publicado em 1981, foi A Guerra do Fim do Mundo que narra a história da Guerra de Canudos, que aconteceu no nordeste do Brasil, mesclando personagens reais e fictícios.
Guerra de Canudos ou Campanha de Canudos foi um conflito que aconteceu no interior do estado da Bahia, liderada por Antônio Conselheiro, entre 1896 e 1897.