O Maranhão registrou três casos prováveis de dengue na primeira semana epidemiológica de 2025, de acordo com o Ministério da Saúde. O número representa uma queda significativa em relação ao mesmo período de 2024, quando foram contabilizados 63 casos.
Para reforçar o combate às arboviroses, o Ministério da Saúde anunciou a instalação do Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE) para dengue e outras doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. O objetivo é ampliar o monitoramento e coordenar ações de vigilância epidemiológica, controle de vetores e assistência à saúde, em parceria com estados, municípios, pesquisadores e instituições científicas.
Plano de Contingência Nacional contra arboviroses
Uma das principais medidas do governo é o lançamento do Plano de Contingência Nacional para Dengue, Chikungunya e Zika, que atualiza a versão anterior de 2022. O documento orienta estados e municípios a adaptarem estratégias de prevenção e resposta com base em cenários epidemiológicos e socioambientais locais.
O plano inclui ações inovadoras, como:
Investimentos e campanhas educativas
O governo federal investiu R$ 1,5 bilhão para implementar essas ações, intensificar campanhas educativas e distribuir mais de 3 milhões de testes de diagnóstico de arboviroses. Além disso, foram adquiridas 9,5 milhões de doses da vacina contra a dengue para 2025, das quais 5,5 milhões já foram enviadas aos estados e ao Distrito Federal.
Cenário nacional das arboviroses
Em 2024, o Brasil registrou 6,6 milhões de casos prováveis de dengue e 6 mil óbitos. Para 2025, até o dia 8 de janeiro, foram notificados 10,1 mil casos prováveis e 10 mortes ainda estão sob investigação. A maior parte das ocorrências está concentrada nos estados de São Paulo e Minas Gerais, que respondem por 50% dos casos.
Mobilização e prevenção
Como parte das estratégias preventivas, o governo promoveu, em dezembro, o Dia D de Mobilização contra a Dengue, que envolveu esforços de estados, municípios e da população. A principal recomendação do Ministério da Saúde segue sendo a eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti.
“É essencial que a população colabore, permitindo o trabalho dos Agentes de Combate a Endemias e Agentes Comunitários de Saúde, para eliminar focos do mosquito e prevenir novas epidemias”, destacou a ministra da Saúde, Nísia Trindade.
A implementação do Plano de Ação 2024/2025 segue os eixos de prevenção, vigilância, mobilização comunitária e fortalecimento da rede assistencial para reduzir os impactos das arboviroses no Brasil.