As operações subaquáticas no Rio Tocantins, conduzidas pela Marinha do Brasil (MB), foram temporariamente suspensas nesta quinta-feira (2). A decisão foi motivada pela abertura das comportas da Usina Hidrelétrica de Estreito, medida necessária para controlar o volume de água represado em decorrência das fortes chuvas na região.
De acordo com o Consórcio Estreito Energia (CESTE), responsável pela usina, a ação foi indispensável para evitar possíveis danos à estrutura. Apesar disso, as buscas por vítimas e veículos do desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira continuam sendo realizadas por meio de embarcações e drones aéreos, segundo nota oficial da Marinha.
Sobre o desabamento da ponte JK
O desabamento da ponte ocorreu no dia 22 de dezembro e resultou no colapso do vão central da estrutura, que conectava os estados do Maranhão e Tocantins pela BR-226. Até o momento, foram confirmadas 12 mortes, enquanto cinco pessoas seguem desaparecidas.
Além das perdas humanas, o desastre trouxe graves consequências econômicas e sociais para as cidades de Estreito (MA) e Aguiarnópolis (TO), que dependiam da ponte para o transporte e o comércio. Empresários e moradores enfrentam dificuldades logísticas, agravando os prejuízos na região.
Marinha reforça apoio às famílias
A Marinha reiterou o compromisso com o apoio às famílias atingidas e destacou os canais de emergência disponíveis, como o Disque Emergências (185) e a Capitania dos Portos do Maranhão ((98) 2107-0121). O órgão também informou que as operações subaquáticas só serão retomadas após a estabilização do fluxo do rio, para garantir a segurança das equipes envolvidas.
Situação de emergência em Estreito
A Defesa Civil Nacional reconheceu a situação de emergência em Estreito, possibilitando ao município solicitar recursos federais para ações de assistência. Os fundos serão utilizados para adquirir itens essenciais, como cestas básicas, água potável, refeições para equipes de resgate, kits de limpeza e produtos de higiene pessoal.
Esforços conjuntos
As buscas no Rio Tocantins contam com uma força-tarefa que inclui a Marinha, a Defesa Civil e outros órgãos, com foco tanto na localização de vítimas quanto na proteção ambiental. A tragédia trouxe à tona a importância de investimentos na segurança de infraestruturas críticas e ressaltou a necessidade de ações rápidas para minimizar os impactos de desastres naturais e estruturais.
As autoridades permanecem empenhadas em retomar as operações subaquáticas e garantir a recuperação da área afetada o mais breve possível.