O navio Ramform Titan, da empresa norueguesa TGS, atracou, nesta semana, no Porto do Itaqui, em São Luís (MA), para realizar pesquisas geológicas nas bacias do Pará-Maranhão e de Barreirinhas, duas das cinco bacias sedimentares que compõem a Margem Equatorial Brasileira (MEB).
O Ramform Titan já esteve em atividade no Brasil, realizando a pesquisa sísmica que resultou no desenvolvimento de campos do pré-sal.
A pesquisa sísmica é o primeiro elo da cadeia de produção de óleo e gás, por meio da qual as empresas conseguem “enxergar” as camadas do subsolo.
A MEB é apontada como uma das novas fronteiras para exploração de petróleo e gás no Brasil.
O governador Carlos Brandão, executivos da TGS e autoridades vinculadas ao setor energético, esteve no porto para a recepção ao navio, considerado a maior embarcação sísmica do mundo.
“A chegada deste é o primeiro passo para que a gente possa explorar o petróleo nas águas do nosso estado pois cinco bacias que formam a Margem Equatorial Brasileira, duas delas estão no Maranhão”, afirma o governador.
O presidente da Gasmar, Allan Kardec, explica que, a partir de agora, há vários passos a serem seguidos. “Vamos conversar com a Petrobras e com a Agência Nacional de Petróleo (ANP) para fazer a construção desse processo de perfuração o mais rápido possível no Maranhão”.
O vice-presidente global da TGS, David Hajovsky afirma que o amadurecimento do processo de licenciamento abre portas para o futuro. “Para o Maranhão, que conta com duas bacias, o licenciamento ressalta a relevância do potencial offshore (em águas profundas) deste estado”, afirmou.
Aval do IBAMA
Na última segunda-feira, dia 17 deste mês, a Petrobrás recebeu licença do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para iniciar operação de exploração da MEB, faixa do litoral Norte do país, que abrange áreas marítimas situadas ao largo dos estados do Amapá, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte.
Emap
Na avaliação da presidente da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), de Oquerlina Costa, – estatal que administra o Porto do Itaqui – o complexo portuário maranhense está apto a atuar como base terrestre em apoio às explorações nas bacias Pará-Maranhão e Barreirinhas.
“O Maranhão está numa posição geográfica estratégica, bem posicionado para contribuir com o avanço de todo esse processo de eficiência energética. Estamos altamente preparados para não ser somente um ponto de embarque e desembarque, mas a base terrestre para apoiar e facilitar todas as operações”, sublinhou a presidente da Emap.
Pesquisa sísmica
O navio Ramform Titan já esteve em atividade no Brasil, realizando a pesquisa sísmica, que resultou nos desenvolvimentos de campos do pré-sal.
A pesquisa sísmica é o primeiro elo da cadeia de produção de óleo e gás, por meio da qual as empresas conseguem “enxergar” as camadas do subsolo.
O levantamento marítimo utiliza ondas sonoras para criar imagens detalhadas das formações geológicas. Essa técnica ajuda a identificar as prováveis localizações de reservatórios de petróleo ou gás, funcionando como uma ultrassonografia do subsolo.