Produção agrícola do Maranhão gerou R$ 12,9 bilhões em 2024

O Maranhão registrou, em 2024, um Valor de Produção (VP) de R$ 12,9 bilhões nas atividades agrícolas — que englobam lavouras temporárias e permanentes.

O resultado garantiu ao Maranhão a segunda posição entre os estados do Nordeste e a 12ª colocação no ranking nacional, como mostra a publicação Desempenho da Agricultura Maranhense 2024, divulgada pelo Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos (IMESC) nesta semana.

O material completo está disponível no site do Imesc.

Elaborado com base em informações da Produção Agrícola Municipal (PAM) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e outras fontes oficiais, o estudo apresenta um panorama detalhado do setor agrícola maranhense, evidenciando o avanço na produtividade, a diversificação da produção e a expansão de novos mercados.

A publicação mostra que as lavouras temporárias foram responsáveis por quase todo o valor gerado — cerca de R$ 12,7 bilhões —, com destaque para a soja, o milho e o arroz que, juntos, representam mais de 90% da área plantada no Maranhão.

A soja lidera com 63,1% da área cultivada, seguida pelo milho (24,0%) e pelo arroz (3,7%).

Outros cultivos de importância econômica incluem a mandioca (2,3%) e a cana-de-açúcar (2,2%).

Entre os principais polos produtores de grãos, destacam-se:

  • Balsas (611,1 mil toneladas);
  • Tasso Fragoso (606 mil toneladas);
  • Açailândia Alto Parnaíba, Buriticupu, Itinga do Maranhão e Grajaú.

Estes 7 municípios respondem juntos por cerca de 51,8% da produção estadual de soja, cultura presente em 82 municípios maranhenses.

Nas lavouras permanentes, o Maranhão manteve destaque nas produções de banana, castanha de caju e coco-da-baía. De acordo com a PAM/IBGE, o valor da produção de banana atingiu R$ 146,6 milhões, equivalente a 85,6% do total das lavouras permanentes. A castanha de caju gerou R$ 8,8 milhões (5,1%), enquanto o coco-da-baía e outros cultivos completam a participação.

O bom desempenho do setor agrícola também se refletiu nas exportações, que totalizaram R$ 12,4 bilhões em 2024. A soja e o milho seguem como os principais produtos exportados, com destaque para o crescimento expressivo das exportações de arroz, que registraram alta de 1.797,2% em relação a 2023.Para o presidente do IMESC, Dionatan Carvalho, os resultados reforçam o papel estratégico da agricultura no desenvolvimento socioeconômico do Maranhão.

“Os resultados reafirmam a importância da agricultura para o desenvolvimento do Maranhão e demonstram o avanço do estado em produtividade e competitividade. O IMESC mantém o compromisso de produzir informações que contribuam para o planejamento e para políticas públicas voltadas ao crescimento sustentável do setor”, destacou Dionatan Carvalho.

Entre os principais destinos, a China manteve a liderança, responsável por 61,4% das exportações agrícolas do Maranhão, seguida pela Espanha, com 9,9%.