O reconhecimento nacional de zona livre de febre aftosa traz novas possibilidades para o cenário econômico do Sudoeste Maranhense, que registra o maior rebanho do estado com mais de 3 milhões de cabeças (bovinos e bubalinos). Agora, os preparativos e esforços se concentram para o reconhecimento internacional de zona livre de aftosa junto à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), o que promete impulsionar os investimentos na região.
A vocação para o agronegócio na região Sudoeste Maranhense, a certificação de zona livre de aftosa sem vacinação e os preparativos para o reconhecimento internacional reforçam as perspectivas de fortalecimento da economia, prospecção de negócios, a geração de emprego e renda e o fomento à cadeia produtiva.
A Região Sudoeste não apenas se destaca em quantidade, mas também em qualidade genética do rebanho, e tem como polo de serviços a cidade de Imperatriz, que apresenta destaque nas exportações por causa dos setores de celulose, soja e milho, se posicionando como segunda maior exportadora do estado.
Para o presidente do Sindicato Rural de Imperatriz (Sinrural), Glen Maia, a certificação de zona livre de aftosa e a possibilidade do reconhecimento internacional pela Organização Mundial de Saúde Animal abre as portas do Maranhão para o mundo com a possibilidade de ampliação das exportações no setor da pecuária e novas fronteiras de negócios.
“Com isso poderemos ter mais frigoríficos, o aumento da produção das unidades existentes reverberando em toda a cadeia produtiva, gerando emprego, renda e impulsionando o PIB regional. Outro detalhe é o rebanho mais valorizado e maior investimento no confinamento, alimentação e outros setores importantes gerando empregos diretos e indiretos”, explicou Glen Maia.
Avanços do setor agropecuário
Os números respaldam essa expectativa positiva. O Boletim de Conjuntura Econômica Maranhense revela um crescimento de 2,9% no PIB em relação a 2022, impulsionado pelo setor agropecuário e de serviços, que avançou 2,4%, além de uma redução na taxa de desemprego em comparação com o ano anterior.
Em um contexto regional, onde o Maranhão se destaca como o segundo maior estado exportador do Nordeste, com um total de 5,5 bilhões em exportações acumuladas em 2023, as perspectivas são as mais promissoras possíveis.
O serviço para obtenção do reconhecimento internacional de zona livre de aftosa sem vacinação, conduzido em conformidade com os padrões estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), representa não apenas um marco regulatório, mas um selo de qualidade e confiabilidade para os produtos oriundos dessa região. Um marco que beneficiará todo o estado do Maranhão, que apresenta um rebanho maior que o contingente populacional, com mais de 10 milhões de cabeças (bovinos e bubalinos) e o segundo maior do Nordeste, perdendo somente para a Bahia.
Segundo o presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Maranhão (Aged-MA), Cauê Aragão, como o Estado cumpriu todas as metas do Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para Febre Aftosa, alcançando a certificação nacional contra a doença, agora, a próxima meta será o reconhecimento internacional.
As ações do governo do Maranhão na região têm o apoio da Agência Executiva Metropolitana do Sudoeste Maranhense (Agemsul). O atendimento às demandas, o diálogo com os municípios, o planejamento e o suporte à execução de políticas públicas estão entre as atribuições da instituição.