Mais da metade do território maranhense permanece coberto por vegetação natural. É o que revela o Inventário Florestal Nacional (IFN) no estado, divulgado durante a Caravana Federativa do Governo Federal, realizada em São Luís na última semana.

O inventário, da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (SEMA), mostra que a cobertura florestal nativa no estado é de aproximadamente 51%, o que equivale a 16,9 milhões de hectares de floresta nativa.

O levantamento também trouxe informações de relevância botânica e socioambiental. Foram identificadas 1.417 espécies de plantas, sendo 40% de árvores e palmeiras, 135 possíveis novos registros de espécies da flora maranhense e 11 espécies ameaçadas de extinção, como o amarelão, Jutaí e o cravo do Maranhão.

Outra informação importante foi a constatação que no estado do Maranhão, 76% da população rural utiliza produtos de origem florestal madeireira e 67% utilizam produtos de origem florestal não-madeireiros, como frutos, sementes, cipós, cascas, raízes, óleos, folhas, entre outros.

A superintendente de Recursos Florestais da Sema, Scarleth Vieira, destacou que nesse contexto é favorável o uso sustentável das florestas pelas comunidades locais. “Nós temos exemplos como os produtos derivados da palmeira de babaçu, que envolvem desde a coleta dos frutos à produção de óleos, produção de farinha para suplementos, biscoitos de mesocarpo do babaçu e também artesanato. Temos ainda as cadeias produtivas oriundas das coletas e beneficiamento de frutos como o pequi, buriti, açaí, aroeira e do jaborandi, que contribuem para a manutenção de recursos naturais e geração de renda para essas comunidades”, destaca.

Atualmente, a Sema implementa diversas políticas públicas com correlação direta com o Inventário, como o Programa Maranhão sem Queimadas, o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento e Queimadas do Estado do Maranhão, a Política Florestal do Estado do Maranhão, os Planos de Manejo de Unidades de Conservação, o Plano Estadual de Educação Ambiental e o Programa Floresta Viva Maranhão, que é uma ação estratégica do Governo do Estado do Maranhão que visa contribuir também para a manutenção das florestas no estado e suas funções ecossistêmicas.

“Participar do Armazém foi uma ótima oportunidade de visibilidade e divulgação dos meus produtos. A partir dessa experiência, consegui mais visibilidade no mercado, o que refletiu diretamente no aumento dos clientes”. O relato é da empreendedora Joelma Costa, da Dajô Alimentos Naturais, uma das 48 empresas presentes na Fecoimp 2025, sobre a oportunidade de participar do espaço Armazém do Empreendedor do Maranhão, que foi instalado na feira.

A 23ª Feira do Comércio, Indústria e Serviços de Imperatriz (Fecoimp), o maior evento multissetorial de negócios do Norte e Nordeste, iniciou na nesta quarta-feira (17) e prossegue até sábado (20), no Centro de Convenções de Imperatriz. É organizada pela Associação Comercial e Industrial de Imperatriz (ACII).

Armazém do Empreendedor

O Armazém do Empreendedor do Maranhão é um programa do Governo do Maranhão, promovido pelo Governo do Estado, através da Secretaria de Estado da Indústria e Comércio (Seinc).

Garante a empreendedores, cujo os produtos tenham características genuinamente maranhenses, a oportunidade de participar dos grandes eventos realizados no estado de forma gratuita.

A empreendedora Rebeca Hellen, da Hope Kombucha, viu no Armazém do Empreendedor a oportunidade de ampliar a participação de sua marca no mercado da Região Tocantina, conseguindo, inclusive, inserir seus produtos na capital do Maranhão.

“Nós trabalhamos com a kombucha, um produto que já chama muita atenção do público, principalmente quem busca uma alimentação mais saudável. E nós vimos no Armazém uma forma de ter mais visibilidade para o nosso produto, por conta da ampla visitação do público nos eventos. Normalmente quando experimentam, levam para casa. Com isso, já conseguimos conquistar novos pontos de vendas em vários locais por onde já estivemos com o Armazém”, contou a empreendedora, que participa da ação a menos de um ano.

Participando pela primeira vez com a Associação dos Artistas Plásticos e Artesãos de Balsas (APAAB), Jovita Belém não esconde o entusiasmo em levar a sua empresa, Arte & Babaçu, para novos caminhos.

“É grande a expectativa, pois é onde vamos ter a oportunidade de mostrar o nosso trabalho e também a troca de experiência entre a diversidade cultural”, contou a empreendedora.

Esta é a 7ª edição do Armazém do Empreendedor em 2025, que, além da promoção de negócios, também promove capacitação para que os empreendedores estejam sempre atualizados e preparados para os desafios da jornada empreendedora.

Até sábado (20), os visitantes poderão prestigiar, das 17h às 23h, os serviços e produtos oferecidos, no Armazém do Empreendedor, na Fecoimp, por empreendedores de diversos municípios do Maranhão

São dois espaços. Um fica na área interna do Centro de Convenções de Imperatriz, onde cerca de 40 empresas trazem novidades em serviços, movelaria, bebida, gastronomia e artesanato.

O segundo espaço, com mais 12 stands, fica na área externa da Fecoimp, onde a Vila Food Armazém do Empreendedor reúne empresas do ramo de alimentação, do tradicional restaurante de panelada à padaria artesanal.

O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu manter a taxa básica de juros da economia (Selic) em 15%. O anúncio foi feito no início da noite de quarta-feira (17), depois de uma reunião de dois dias entre o presidente do Banco Central (BC) e seus diretores.

No comunicado oficial, o Copom justifica a manutenção da Selic pela incerteza do ambiente externo, “em função da conjuntura e da política econômica nos Estados Unidos”.

Segundo o comitê, a incerteza do ambiente externo exige cautela “por parte de países emergentes em ambiente marcado por tensão geopolítica”.

Também é citado o cenário doméstico. Para o Copom, os indicadores de atividade econômica apresentam “moderação no crescimento”, apesar do “dinamismo” do mercado de trabalho, e a inflação permanece acima da meta.

“As expectativas de inflação para 2025 e 2026 apuradas pela pesquisa Focus permanecem em valores acima da meta de 3%, situando-se em 4,8% (2025) e 4,3% (2026).

A projeção de inflação do Copom para o primeiro trimestre de 2027, atual horizonte relevante de política monetária, situa-se em 3,4% no cenário de referência”, diz a nota do Copom.

Cenário inalterado

Na reunião anterior, nos dias 29 e 30 de julho, o Copom decidiu interromper o ciclo de alta da taxa de juros, mantendo a Selic em 15% ao ano, sob a justificativa de que o ambiente externo está mais adverso, por conta das políticas comerciais e fiscais adotadas pelos Estados Unidos (EUA).

As decisões são tomadas levando em conta a situação inflacionária, as contas públicas, a atividade econômica e o cenário externo – tudo tendo como base a avaliação do cenário macroeconômico e os principais riscos a ele associados.

As atas do Copom são publicadas no prazo de até quatro dias úteis. Esta foi a sexta reunião do ano do comitê. A taxa básica de juros da economia (Selic) vale para os próximos 45 dias, quando o Copom volta a se reunir.

Selic

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a Selic. Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Os bancos consideram outros fatores além da Selic na hora de definir os juros a serem cobrados dos consumidores, entre eles risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

Assim, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia. Quando a taxa Selic é reduzida, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.