O Maranhão celebra avanços significativos na área da educação, a partir de inaugurações e entregas de importantes projetos em diversos municípios. Neste sábado (4), Santa Inês, Pindaré-Mirim, Bela Vista e Pio XII foram os protagonistas dessas conquistas, marcando um novo capítulo no desenvolvimento educacional.
Santa Inês
O governador Carlos Brandão inaugurou, em Santa Inês, a aguardada implantação do Colégio Militar Tiradentes XXV em escola municipal. Também foram entregues 800 fardamentos escolares, sendo 400 em modelo padrão e outros 400 para a prática da educação física. Além disso, a Polícia Civil Santa-inesense recebeu uma viatura em fortalecimento à segurança e à ordem pública.
Na oportunidade, o governador anunciou que foi firmada a autorização para a implantação da 3ª escola militar da cidade, com a expectativa de alavancar, ainda mais, os níveis educacionais.
“Com a entrega da escola Tiradentes, será possível atender a centenas de jovens da região. Fico muito feliz, porque esse colégio traz disciplina, hierarquia e um bom aprendizado. Aproveitamos para anunciar a 3ª escola militar, porque é um modelo que garante bons resultados na educação, assim como os Iemas e as escolas de tempo integral”, pontuou Brandão.
Já o secretário de Estado da Segurança Pública (SSP), Maurício Martins, ressalta que a concessão de viatura à Polícia Civil de Santa Inês é só mais uma entre as centenas já entregues por todo o Maranhão.
“Nós já distribuímos mais de 400 viaturas em todo o estado. Essa quantidade só tem sido possível porque a segurança pública é uma área que tem sido tomada com muita propriedade e seriedade pelo Governo do Maranhão”, disse o titular da SSP.
Quanto à inauguração do Colégio Militar Tiradentes XXV, o prefeito de Santa Inês, Felipe dos Pneus, comemora a quantidade de alunos que poderá ser atendida pelo equipamento. “Que esse espaço dessa Escola Tiradentes seja um local de sabedoria, aprendizado e disciplina. Que os nossos alunos possam ter a liberdade da sabedoria, portanto, é a educação fazendo acontecer em Santa Inês”, disse.
Susany Camile, mãe do estudante Victor Gabriel, que muito em breve será aluno do Colégio Militar Tiradentes XXV, descreve a alegria. “Para nós, que somos pais, o Colégio Militar é muito importante, oferta toda uma disciplina. Meu filho, Victor Gabriel, estava muito ansioso pela inauguração da escola”, afirmou.
Pindaré-Mirim
Em Pindaré-Mirim, o governador entregou as obras de reforma do Centro de Ensino Professor João Cardoso, juntamente com a quadra poliesportiva. Após a intervenção em toda a estrutura, o equipamento de educação passa a atender um total de 330 estudantes.
Na ocasião, Brandão também entregou títulos de propriedades urbanas e 10 motores de rabeta em fortalecimento da pesca e agricultura familiar, e vistoriou as obras de reforma do Hospital e Maternidade Governador José Sarney.
O prefeito de Pindaré-Mirim, Alexandre Colares, reafirma a parceria da Prefeitura Municipal junto ao Governo do Maranhão e destaca a união dos esforços para o avanço na educação.
“É mais uma escola inaugurada aqui no nosso município, então, desde já, eu gostaria de agradecer ao governador, que atendeu às nossas solicitações. Inclusive, temos outra escola estadual que será entregue muito em breve. Nós acreditamos que a obra mais estruturante que existe, é aquela feita na área da educação”, disse.
Aluna do 3º ano no Centro de Ensino Professor João Cardoso, Evellyn Suane, que possui Transtorno do Espectro Autista, fala da gratidão em ver reformada a escola que tanto tem contribuído para o seu desenvolvimento pessoal e superação de obstáculos.
“Essa reforma completa, melhorou muito a nossa qualidade de estudo. Agora, vamos poder estudar com mais conforto e segurança, porque também temos ar-condicionados. Eu faço parte da Educação Especial, eu sou autista e também tenho TDAH, e essa escola é responsável pela minha qualidade de vida e pelo meu desenvolvimento, por isso, eu quero agradecer a todos por essa reforma”, comemorou a estudante.
Bela Vista
Na cidade de Bela Vista do Maranhão, Carlos Brandão participou da implantação do Colégio Militar Tiradentes XXVI e da entrega de oito cadastros Ambientais Rurais (CAR), como forma de estímulo ao desenvolvimento e à produtividade no campo.
A Escola Municipal Deputado Pedro Veloso foi adequada para implantação da metodologia militar de ensino, considerando o Acordo de Cooperação entre a SSP/MA e a Prefeitura Municipal de Bela Vista. A unidade de ensino possui 14 salas, sendo 9 salas de aula, e atende 548 alunos do ensino fundamental II (6º ao 9ºano).
O prefeito de Bela Vista, Augusto Filho, agradeceu pelo impulso dado à educação, por meio da implantação do modelo de ensino militar. “Momento de muita alegria, principalmente para a educação belavistense. Eu só tenho a agradecer em nome de todos os alunos, dos pais dos estudantes, também em nome dos professores e de toda a equipe da educação belavistense”, pontuou.
O diretor da unidade educacional, capitão Kleber Aguiar, ressalta que a escola tem como diferencial a oferta de educação de qualidade, aliada aos ensinamentos das doutrinas militares.
“Quem mais têm a ganhar, com a inauguração do Colégio Militar Tiradentes XXVI, são os jovens dessa cidade. O Colégio Militar tem assegurado uma educação de excelência, de qualidade, e aliado a isso, o ensinamento de doutrinas militares como a hierarquia, a disciplina e o exercício da cidadania, preparando o jovem para a vida em sociedade”, destacou o educador.
Pio XII
Encerrando a agenda de entregas na cidade de Pio XII, o governador participou da inauguração das obras de reforma do Centro de Ensino Professor Rafael Braga, em benefício de 463 alunos, e do Centro Educa Mais Jansen Veloso, assegurando educação de qualidade a mais 371 estudantes.
Gestor do Centro Educa Mais Jansen Veloso, Joycenildo Franco fala da relevância histórica que o antigo Cema tem à comunidade de Pio XII, que há cerca de 40 anos aguardava uma reestruturação completa na unidade de ensino.
“É uma escola que existe há mais de 40 anos na nossa comunidade. A maioria dos que hoje estudam aqui, os seus pais já passaram por essa instituição. Eu fui aluno daqui e estou há oito anos como gestor. Houve a implantação de revestimento com pisos cerâmicos, climatização, uma grande melhoria da infraestrutura que vai melhorar a nossa qualidade de ensino.
Ramiro Abreu, aluno do 1º ano, destaca que a reforma do Centro Educa Mais Jansen Veloso, aliada ao incentivo diário que recebem de todos os professores, deve garantir um excelente desenvolvimento educacional a todos.
“Essa é uma escola bem dedicada em trabalhar para trazer o melhor da educação para os alunos, com ambiente acolhedor, aconchegante. Aqui, nós temos muitos recursos, inclusive, uma biblioteca tutorada, professores maravilhosos, laboratório de química. Eu vejo como um empenho para trazer o melhor para os alunos”, disse Abreu.
A equipe de esportes da Timbira FM 95,5 MHz na cobertura da partida entre Maranhão 1 X 0 River-PI pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro de Futebol – Série D.
O jogo foi realizado, no sábado (04), no estádio Nhozinho Santos, em São Luís – MA.
Equipe Timbira FM
– Coordenador de Esporte: Heraldo Moreira
– Pré-jogo e Narração: Felipe Barbosa (no estádio)
– Comentários: Edivan Fonseca (no estádio)
– Reportagens: Jauber Pereira (no estádio)
Altos-PI X Moto Club
A transmissão esportiva manteve um plantão e Tempo Extra, com Daniel Amorim, no estúdio, focando no jogo Altos-PI 1 X 2 Moto Club.
Altos-PI X Moto Club foi, também, uma partida válida pelo Campeonato Brasileiro de Futebol – Série D.
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O governo federal informou, nesta semana, que o Brasil se tornou um país Livre de Febre Aftosa Sem Vacinação Animal. O anúncio foi feito pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, e pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin.
A autodeclaração ocorre após o fim da última campanha nacional de imunização contra a febre aftosa em 12 unidades da Federação e em parte do Amazonas.
“O Brasil sobe para o degrau de cima da sanidade animal, tão almejada. Os mercados mais exigentes e mais remuneradores vão estar abertos para o Brasil”, celebrou Fávaro.
Segundo ele, a medida abre caminho para que o Brasil possa exportar carne bovina para países como Japão e Coreia do Sul, por exemplo, que só compram de mercados livres da doença sem vacinação.
“Hoje é um dia histórico, porque sempre o Brasil sonhou em ser um país livre de febre aftosa sem vacinação, ou seja, um estágio bem avançado de sanidade animal e boa defesa agropecuária”, afirmou o vice-presidente Geraldo Alckmin.
A próxima etapa consiste na apresentação de documentação para Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), que é quem tem poder para reconhecer o novo status sanitário do país.
Para conceder a declaração de país livre da febre aftosa sem vacinação, a OMSA exige a suspensão da vacinação contra a febre aftosa e a proibição de ingresso de animais vacinados nos estados por, pelo menos, 12 meses. O Brasil deve apresentar o pleito em agosto deste ano. Já o resultado, se aprovado, será apresentado em maio de 2025, durante assembleia geral da entidade.
Atualmente, no Brasil, somente os estados de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia e partes do Amazonas e do Mato Grosso têm o reconhecimento internacional de zona livre de febre aftosa sem vacinação pela OMSA.
Ao todo, segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária, mais de 244 milhões de bovinos e bubalinos em cerca de 3,2 milhões de propriedades deixarão de ser vacinados contra a doença, trazendo uma redução de custo direta, com a aplicação da vacina, de mais de R$ 500 milhões.
O ciclo de vacinação de bovinos e bubalinos contra a febre aftosa no Brasil começou há mais de 50 anos e o último registro da doença ocorreu em 2006. O fim da vacinação exigirá protocolos mais rígidos de controle sanitário por parte dos estados, enfatizou o ministro Carlos Fávaro.
A carne é o quarto principal item da pauta de exportações brasileira, atrás apenas da soja, petróleo bruto e minério de ferro.
O governo federal decidiu, na sexta-feira (3) adiar em todo o país a aplicação das provas do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) por causa das fortes chuvas no Rio Grande do Sul. O certame, o maior a ser realizado no Brasil, estava marcado para domingo (5).
O anúncio oficial do adiamento foi feito pela ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, e pelo ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta.
“A conclusão que tivemos hoje é que é impossível fazer a prova no Rio Grande do Sul. O nosso objetivo, desde o início, é garantir o acesso de todos os candidatos”, disse a ministra. “A solução mais segura para todos os candidatos de todo o país é o adiamento da prova”, acrescentou.
Mais cedo, o ministro Paulo Pimenta havia informado que o governo avaliava um possível adiamento das provas no Rio Grande do Sul. No estado, são 86 mil candidatos inscritos para fazerem a prova em dez cidades gaúchas.
O CPNU é o concurso com o maior número de candidatos já realizado no país. Em todo o Brasil, serão 3.665 locais de aplicação e 75.730 salas. Ao todo, 2,144 milhões de candidatos inscritos no processo seletivo disputarão 6.640 vagas oferecidas por 21 órgãos públicos federais.
Enchentes
Boletim da Defesa Civil estadual divulgado na manhã desta sexta-feira contabiliza 31 mortes em decorrência das chuvas em todo o estado. Há ainda 74 pessoas desaparecidas e 56 feridos. Até o momento, 235 municípios foram afetados pelos temporais, totalizando 351.639 pessoas afetadas. Dessas, 17.087 estão desalojadas e 7.165, em abrigos. Os números, de acordo com o governador Eduardo Leite, devem subir ao longo dos próximos dias.
(Foto/Agência Brasil): Anuncio do adiamento do feito pela ministra Esther Dweck; ministro Paulo Pimenta e outros gestores do Governo Federal
Faleceu, na madrugada desta sexta-feira (03), a farmacêutica Terezinha de Jesus Almeida Silva Rêgo, conhecida como Terezinha Rêgo, de 91 anos. Ela estava internada, em estado grave, no hospital UDI, em São Luís, diagnosticada com pneumonia e não resistiu as complicações no seu quadro de saúde.
Professora aposentada do Curso de Farmácia da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), ela foi doutora em botânica.
As suas pesquisas na área de fitoterapia resultaram na fundação do herbário Ático Seabra, UFMA, onde são fabricados remédios alternativos, a base de plantas medicinais, com resultados cientificamente comprovados no tratamento de doenças como diabetes, AIDS, pressão alta, entre outras doenças.
Terezinha Rego, também, coordenou o Polo de Biotecnologia do Maranhão (MAR-BIO); foi professora titular do Departamento de Farmácia da UFMA; e coordenou projetos de fitoterapia em comunidades carentes do Maranhão por meio do programa estadual Farmácia Viva.
Entrevista
Em 2020, o site da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema) publicou reportagem com entrevista com a professora Terezinha Rego, de autoria de Elizete Silva e Cláudio Moraes, que o Portal da Rádio Timbira FM reproduz.
Em setembro, a professora e fitoterapeuta Terezinha Rêgo recebeu uma homenagem em sessão especial do Senado, em Brasília, pelos 55 anos de dedicação à flora medicinal maranhense. Foi destacado seu trabalho em prol da saúde da população e formação de estudantes de farmácia. Isso só confirma que toda a vida dela foi dedicada ao estudo das plantas. A medicina popular, as espécies e hortas medicinais e a fitoterapia fazem parte do seu cotidiano desde tenra idade. Seu discurso, lido pela filha, Tânia, lembrou o contexto histórico de sua formação, quando não havia suporte da tecnologia e a pressão sofrida por mulheres que exerciam profissões para que ocupassem postos “limitados e invisíveis”. Sua contribuição na formação de novos profissionais deu-se com um olhar voltado para o desenvolvimento da cidadania e da justiça social. “Sempre busquei valorizar a flora do meu estado e divulgar a sua potencialidade para o Brasil e para o mundo”, escreveu Terezinha.
Ela é doutora em Botânica; membro fundadora da Academia Maranhense de Ciências; Livre Docente em Botânica Geral, permaneceu três anos na Universidade de São Paulo (USP), como bolsista da Capes, onde concluiu sua tese defendida em 1977 na Universidade Federal do Maranhão; foi eleita, em Cuba, representante de Etnobotânica junto à América Latina, de 1990 a 1994; representa no Maranhão a Sociedade Botânica do Brasil; fundou o herbário Ático Seabra; coordenou o Polo de Biotecnologia do Maranhão (MAR-BIO); foi professora titular do Departamento de Farmácia da UFMA e coordena projetos de fitoterapia em comunidades carentes do Maranhão por meio do programa estadual Farmácia Viva.
Hoje, aos 86 anos, ela se orgulha em dizer que nunca deixou de trabalhar. Mesmo aposentada, prossegue em sua trajetória acadêmica na Universidade Federal do Maranhão, onde dá palestras e cursos. Também atua no projeto de extensão em Fitoterapia no Herbário Ático Seabra, onde estão catalogadas quase 11 mil espécies que caracterizam a flora do estado do Maranhão. No local são comercializados medicamentos fitoterápicos elaborados a partir de estudos coordenados pela professora, que também orienta pacientes que buscam uma alternativa ao tratamento com medicamentos industrializados. O interesse pelas plantas surgiu quando ela ainda era criança, aos oito anos, e foi herdado do avô José Moreira de Almeida. Hoje, o seu trabalho é reconhecido mundialmente e já lhe rendeu vários prêmios. Neste ano, a professora é a grande homenageada do Prêmio FAPEMA. Casada há 56 anos com o piauiense Artur Nunes do Rêgo, 88 anos, cirurgião dentista com quem tem duas filhas, Tânia Maria Silva Rêgo, professora e doutoranda em música, e Telma Maria Silva Rêgo, professora de filosofia. Ela concedeu entrevista à Revista Inovação para falar sobre sua trajetória e seu legado.
Conte sobre a sua descoberta e o seu interesse pelas plantas
O meu interesse pelas plantas começou muito cedo. Nós tínhamos fazenda no interior do Maranhão, no município de Cajapió, e meu avô era muito invocado com o tratamento através das plantas e eu era muito ligada com meu avô. Eu tinha oito anos e ele saía perguntando para aquelas senhoras “o que você tomou pra isso? O chá tal pra isso …!” E ele me passou isso. Lembro que a primeira balançazinha, em que comecei a pesar os materiais coletados nas pesquisas para preparar os medicamentos, foi ele quem me deu. Uma das minhas primeiras experiências me custou três meses de castigo. Minha mãe plantava dálias selecionadas no nosso casarão, na rua da Paz, e eu entendi de botar amendoim entre elas para ver como acontecia o desenvolvimento. Com isso, esqueci que essas casas antigas têm ratos. Os ratos vieram e comeram não só os meus amendoins todos, mas também a batata das dálias da minha mãe. Aí eu fiquei três meses de castigo. Essa foi a minha primeira experiência, que foi desastrosa.
Mesmo depois dessa experiência que considera “desastrosa”, a senhora continuou com o interesse por experiências com plantas?
Sim. Eu sentia uma revolta muito grande ao ver que ninguém se interessava em mostrar essa riqueza que nós temos. Sempre eram informações vindas do Ceará ou do Pará. Eu disse “vou me dedicar a isso” e comecei a pesquisar, a fazer o trabalho. Comecei instalando hortas medicinais nas periferias. Primeiro, no Apeadouro, eu implantei a primeira horta. Eu fazia um trabalho de pesquisa junto com as comunidades, perguntando quais as doenças mais comuns naquela área, interessada em determinar quais as plantas que já tinham uma resposta na melhoria da qualidade de saúde e de tratamento das enfermidades. E assim começou a minha luta!
Em que ano esse trabalho começou?
Eu me formei em 1957 e já era invocada, desde o terceiro período. Comecei em 55, 56, com essa ideia das hortas. Então eu ia para a periferia fazer um levantamento das doenças mais comuns e trazia as plantas que a gente já tinha um estudo e que sabia que elas eram determinadas para aquele tipo de tratamento. E a dificuldade que as pessoas têm, ainda até hoje, de acesso à farmácia, medicamentos muito caros. Daí veio a ideia de começar a fazer os medicamentos naturais, partindo do mel. Eu tenho um número de xaropes que já estão consagrados, muito utilizados. Também comecei selecionando essas plantas e extraindo o princípio ativo. Hoje, eu tenho 48 produtos já lançados, tinturas, pomadas e xaropes. Essa é minha luta pela fitoterapia, com o apoio muito, muito grande da minha universidade, dentro das possibilidades, criei o herbário, onde já temos catalogadas 10.800 espécies que caracterizam a flora do estado do Maranhão. Eu também queria que o Maranhão já tivesse um diagnóstico da sua riqueza da flora. Consegui fazer esse trabalho selecionando as nossas plantas e publicando o livro que já está na terceira edição que é “Fitogeografia das plantas medicinais no Maranhão”. E o outro livro que eu fiz “57 chás medicinais da flora do Maranhão”. Eu comecei a trabalhar com as comunidades ensinando a fazer o chá da maneira correta, a maneira de ferver, pois tem plantas que não devem ser fervidas, deve ser por infusão.
O que é, efetivamente, a fitoterapia?
Fito é planta, terapia é cura. Então, a fitoterapia nada mais é do que a cura através das plantas. A gente busca diminuir um pouco a utilização dos medicamentos alopáticos. Não resta dúvida que eles têm uma eficácia maior, eles dão respostas mais rápidas, mas os efeitos colaterais também são muito mais violentos do que o efeito dos fitoterápicos. E por isso, veio a ideia de tentar substituir os alopáticos pelos fitoterápicos naquelas doenças que era possível substituir. E essa tem sido a minha grande luta nesses anos todos.
Em sua análise, o interesse das pessoas pela fitoterapia, hoje, é maior ou menor em relação a quando a senhora começou o seu trabalho?
É bem maior atualmente. Eu procurava muito o Governo do Estado para implantar um projeto de fitoterapia, das hortas medicinais, mas o apoio só veio com Flávio Dino. Ele assumiu o Programa de Fitoterapia e, hoje, nós já estamos em mais de 50 municípios com a “Farmácia Viva” instalada. A gente prepara a comunidade para que eles comecem a fazer os seus próprios medicamentos e sair um pouco da farmácia tradicional não só pela aquisição dos medicamentos ser muito cara, como também pelos efeitos colaterais que são mais intensos do que na fitoterapia.
Qual a importância desse projeto Farmácia Viva?
A Farmácia Viva tem a importância de descobrir novas plantas e fazer com que essas descobertas voltem em benefício de cada comunidade, que cultiva, que é responsável pelas plantas. E a FAPEMA sem sido uma grande estimulante do nosso projeto. A gente tem poucos recursos para a pesquisa e a FAPEMA está sempre presente na vida da gente. Eu tenho o maior reconhecimento pela Fundação.
Qual a metodologia do seu trabalho?
Toda a minha pesquisa é voltada a conhecer profundamente a flora e fazer um trabalho junto com as comunidades carentes. Eu sempre trabalhei criando essas hortas medicinais e procurando ajudar a comunidade a preparar seus próprios medicamentos, no que fosse possível, não só pela falta de recursos para comprar os medicamentos como também pelos efeitos colaterais dos alopáticos onde também estão mais presentes do que nos fitoterápicos.
A seleção dessas plantas se baseia nos saberes populares?
Exato. A informação vem do popular. A gente vai às comunidades e começa a saber quais as plantas que eles utilizam. Então, levamos essas informações para transformar em dados científicos, com registro disso, para que possa ser utilizado na indústria farmacêutica no aproveitamento dessas plantas na preparação de medicamentos, que são chamados fitoterápicos.
Como a senhora vê o interesse pelo estudo da fitoterapia?
É incrível, porque eu tenho 16 bolsistas, todos ficam comigo, mas o interesse pela fitoterapia não é muito presente. Por quê? Porque eu não conheço nenhum botânico rico, a não ser Burle Marx, por causa dos jardins que ele fazia. O botânico luta com muita dificuldade e eu não conheço nenhum botânico rico. A gente precisa despertar o interesse pelas coisas nossas, pela nossa flora. Nossas plantas são mandadas para o exterior, são até patenteadas lá. E o Brasil perde com isso. Então, tudo isso me incomodava muito e eu sempre parti para essa luta que era de mostrar que realmente as plantas curam, elas têm um valor, elas podem ser utilizadas e com grandes resultados. É a minha paixão pela botânica.
O que a senhora apontaria como o seu maior legado nesse mais de 50 anos de pesquisa?
Eu me sinto muito feliz. Totalmente realizada, não! Mas, hoje, a aceitação do meu trabalho, a citação da minha luta, das minhas pesquisas, me deixam muito gratificada por toda essa luta de mais de 50 anos. Eu sempre lutei por isso. Eu me lembro que viajava muito em busca de pesquisa, deixava minhas filhas pequenas mais com o pai, que foi meu grande apoiador. Graças a Deus, minhas filhas e toda a minha família entenderam a minha paixão pela botânica, pelo meu trabalho. Sou inteiramente apaixonada. Porque eu acho que a grande reserva nossa, de plantas, é que vai nos dar uma liberdade para que a gente possa fazer nossos próprios medicamentos.
Ao longo desses anos, a senhora recebeu muitas homenagens. Qual foi a mais marcante?
Todas são muito gratificantes. O Globo Rural fez uma homenagem. A gente fica muito gratificada, muito emocionada. Mas a emoção maior foi um aluno meu, que foi presidente da Anvisa, e ele, numa entrevista nos Estados Unidos, disse: “Tudo que eu tenho, esse amor, tudo que já consegui fazer através das plantas, devo a minha professora de botânica, Terezinha Rêgo”. Isso me marcou bastante. Ter conseguido passar um pouco dessa minha paixão pelas plantas para alguns dos meus alunos. Não são muitos. Tem agora a Kalyne [Kalyne Bezerra Costa], que está levando para os interiores o Farmácia Viva, através do apoio do governador Flávio Dino. E acho que essa é a minha grande paixão: a botânica, lutar pelas nossas plantas e mostrar o valor que elas têm.
Quais são as suas principais descobertas, nessa sua trajetória?
Eu consegui lançar um medicamento, que levei 20 anos para isolar o princípio ativo, que é a essência de cabacinha. E, hoje, até na China, já tem um testemunho de que ela cura sinusite, rinite alérgica e adenoide. Trabalhei com a cabacinha e consegui isolar o princípio ativo. Também, a chanana, essa florzinha amarela, tem uma substância energética que melhora o sistema imunológico. Ela está sendo usada no Hospital Aldenora Bello no tratamento do câncer, pois ela aumenta a resistência orgânica. São mais de 60, 50 tinturas que eu já lancei. Eu espero que alguém continue esse meu amor pelas plantas, que não deixe morrer essa importância que elas têm no dia a dia de cada um de nós, não só na saúde, como também na alegria, pois as flores trazem também muita alegria. Sou uma inteira apaixonada pela botânica.
O Brasil está num momento em que o governo federal está reduzindo verbas para a educação e a pesquisa. A senhora tem acompanhado essa situação?
Eu acho crítica. Não se pode reduzir o apoio às universidades e aos trabalhos de pesquisa. Só tenho a lamentar esse governo. E espero que haja uma mudança, que gente procure fazer, dentro da nossa realidade, para que a pesquisa não morra, para que o Maranhão continue mostrando a sua potencialidade. As plantas são uma riqueza imensurável. Espero que melhores dias venham, torço por isso. Os recursos sempre são pequenos, mas a gente consegue fazer alguma coisa pelo grande apoio da universidade. Não posso negar que a minha universidade, eu digo a minha universidade, é até errado. Quando estou nos congressos, as pessoas perguntam “ela é dona de uma universidade?”, me criticando. Mas eu tenho tanto amor pela universidade, porque ela sempre me apoiou, dentro das possibilidades, para que eu pudesse tornar esse sonho em realidade. Hoje, continuo no Herbário dando a disciplina botânica, já aposentada, contratada pela universidade, e espero morrer podendo vivenciar essa beleza que é a flora do estado do Maranhão.
A senhora também recebeu apoio de agências de fomento?
A FAPEMA é uma grande parceira. Nós tivemos, também, o apoio do CNPq e da Sociedade Botânica do Brasil. A FAPEMA tem sido uma grande estimuladora do nosso projeto. A gente tem poucos recursos para a pesquisa e a Fundação está sempre presente na vida da gente. Eu tenho o maior reconhecimento. Meu livro foi editado graças aos recursos dela. Estava em edição esgotada e a universidade não tinha recursos. Eu acho que a FAPEMA é a grande companheira dos pesquisadores. A gente só tem que enaltecer e pedir que deem mais apoio à Fundação para que ela possa continuar estimulando os pesquisadores como eu fui estimulada. É a maior gratidão.
Fora do âmbito profissional, quem é Terezinha Rêgo como pessoa, como mãe, como avó?
Olha, eu não sei se, por causa desse amor pela botânica, se eu fui uma boa mãe, uma boa avó (risos…). Eu tenho muito que agradecer ao meu esposo, pois ele foi um grande incentivador. Ele é cirurgião dentista e sempre me deu o maior apoio. Eu lembro que a minha mãe era revoltada. E dizia assim “por que tu não deixas logo essa mala aí, na garagem? Porque tu não paras aqui”. Eu viajava muito. Eu sempre digo para minhas filhas que eu talvez não tenha ficado com elas o tempo que deveria. Mas cada depoimento delas me deixa aliviada desse sentimento de culpa de ter ficado afastada viajando muito. Graças ao apoio delas, e do meu esposo, consegui realizar o meu trabalho, a minha paixão.
Chegamos ao 15º Prêmio FAPEMA, em 2019, evento em que a senhora é, mais uma vez, homenageada. Como a senhora recebe mais esse reconhecimento?
Eu fiquei muito emocionada, é muito gratificante esse reconhecimento da FAPEMA pelo nosso trabalho, modesto trabalho, e levar esse prêmio para a universidade, que foi a grande apoiadora do meu projeto. Eu tenho um carinho pela UFMA. Com 86 anos continuo lá, contratada. Tem um prédio onde funciona só o meu projeto, que é o herbário, tem a minha horta medicinal, onde a gente busca novas pesquisas, continuo incentivando os estudantes e espero poder levar até o fim esse meu amor pela botânica.
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, afirmou, nesta quarta-feira (1º), que a destruição causada pelas chuvas que atinge o estado já prenuncia o “maior desastre da história” gaúcha em termos de prejuízo material. Segundo Leite, a situação é “pior” do que a registrada no ano passado, quando as inundações causaram mais de 50 mortes e grandes danos materiais.
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, deve visitar o estado nesta quinta-feira (2). Nas redes sociais, Lula divulgou a conversa com o governador, quando citou a ida ao estado e que oito helicópteros das Forças Armadas estão prontos para apoiar ações de resgate de famílias ilhadas, porém não conseguem decolar em razão do tempo no estado.
“Mais do que o apoio do governo federal e das Forças Armadas, pedi a efetiva participação e a liderança daqueles que têm treinamento para uma situação de caos e de guerra como a que estamos enfrentando no estado”, alerta Eduardo Leite.
Segundo balanço da Defesa Civil estadual, os temporais já causaram dez óbitos e deixaram ao menos 11 pessoas feridas. Ao menos 21 pessoas estão desaparecidas. Cerca de 19,1 mil pessoas foram afetadas em todo o estado. Destas, 3.416 tiveram que deixar suas casas e buscar abrigo na casa de parentes, amigos ou em hospedagens. Outras 1.072 que não tinham para onde ir estão alojadas em abrigos públicos. Até o momento, 114 prefeituras já reportaram ao governo estadual que foram de alguma forma afetadas por alagamentos, transbordamento de rios, deslizamentos ou outras consequências da situação.
Áreas de risco
Os municípios mais atingidos são: Agudo, Alegrete, Arroio do Meio., Bom Princípio, Bom Retiro do Sul, Cachoeira do Sul, Campo Bom, Candelária, Canudos do Vale, Cerro Branco, Colinas, Cruzeiro do Sul, Encantado, Estrela, Faxinal do Soturno, Feliz, Forquetinha, General Câmara, Harmonia, Igrejinha, Ivorá, Jaguari, Lajeado, Marques de Souza, Montenegro, Muçum, Nova Palma, Novo Cabrais, Novo Hamburgo e Paraíso do Sul.
Segundo o Ministério da Defesa 335 militares da Aeronáutica, Exército e Marinha estão mobilizados para apoiar a população gaúcha. Doze embarcações, cinco helicópteros e 43 viaturas, além de equipamentos para transporte de material e pessoal estão sendo empregados. Unidades da federação, como São Paulo e Santa Catarina, também ofereceram ajuda ao governo do Rio Grande do Sul.
Concurso Unificado
Leite antecipou que pedirá ao governo federal alguma solução para evitar prejuízos aos gaúchos inscritos no Concurso Público Nacional Unificado, que será realizado no próximo domingo (5).
O ministério, organizado do certame, informou nesta quarta-feira (1º) que está monitorando a situação no Rio Grande do Sul para a aplicação das provas e “qualquer alteração logística necessária nas cidades atingidas por chuvas será anunciada”.
O período junino 2024 se aproxima e para repetir o sucesso de público e retorno econômico visto no ano passado, o Governo do Maranhão lança, nesta quinta-feira (2), às 19h, no Hotel InterContinental São Paulo, no Jardim Paulista, o São João do Maranhão 2024 ao trade turístico e à imprensa paulista.
O local será transformado em um grande terreiro junino para que todos tenham uma amostra da diversidade e magia que encontrarão no estado. E o anfitrião da festa será o governador Carlos Brandão.
O evento promovido pelo Governo do Maranhão, por meio das secretarias de Estado da Comunicação Social (Secom), de Turismo (Setur) e de Cultura (Secma), é uma estratégia para fortalecer a principal manifestação cultural do estado no calendário brasileiro de festas, aumentar o fluxo de turistas e a geração de emprego e renda no período.
“Durante o lançamento do São João 2023, em São Paulo, tivemos uma grande recepção pelas operadoras de turismo e agências de viagem. Não tenho dúvida que este ano será ainda melhor. Estamos preparados e colocando o Maranhão à disposição do mundo, para que os turistas possam desfrutar desse grande evento que é a nossa cultura e culinária, gerando emprego e renda, e fortalecendo o nosso turismo”, afirmou o governador Carlos Brandão.
Segundo o Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos (Imesc), o São João do Maranhão em 2023 movimentou R$ 254,9 milhões no estado, superando diversas expectativas.
Boi de Morros na Av. Paulista
São Paulo será palco de uma autêntica celebração cultural maranhense, nesta quinta-feira (2). A Avenida Paulista receberá uma intervenção especial ao meio-dia, em frente ao Centro Cultural Fiesp, com a apresentação do bumba-meu-Boi de Morros, que irá preparar o terreno para uma noite de encantos e tradições no Hotel InterContinental São Paulo, no Jardim Paulista.
A apresentação em frente à Fiesp antecede o lançamento do São João do Maranhão 2024 no Hotel InterContinental São Paulo, que está programado para as 19h. Os eventos prometem reforçar os laços entre o Maranhão e São Paulo, em especial no mês de junho. O festejo maranhense já se estabeleceu como uma das principais festas do calendário brasileiro, e sua presença no coração paulista ressalta a importância cultural e econômica para ambos os estados.
Turismo e cultura
A secretária de Estado do Turismo (Setur), Socorro Araújo, ressalta que a ação associada à promoção do destino em vários pontos, através de outdoors e outras peças publicitárias, impacta diretamente o fluxo de turistas que visitam o estado ao longo do período junino.
“Nós temos um termômetro preciso do impacto do lançamento do São João na capital paulista. Ano passado, o resultado foi surpreendente e superou as nossas expectativas, com mais de 77.330 mil desembarques, no Aeroporto de São Luís, em julho. Um recorde em dez anos. Dessa vez, será ainda melhor, porque estamos trabalhando com mais intensidade ainda e muito amor pelo nosso estado”, disse.
O secretário de Estado da Comunicação Social (Secom), Sérgio Macedo, assinalou que assim como no ano passado a programação do São João 2024 já começa com as prévias no mês de maio, o que garante mais tempo de divulgação do maior festejo popular do estado.
“O São João do Maranhão tem um calendário estendido e com isso também temos mais diversidade de espetáculos culturais. Logo após o lançamento nacional, já começam os festejos para o público local e os turistas que estiverem buscando destinos irem se aquecendo. Este ano teremos mais um grande espetáculo que vai consolidar ainda mais o São João do Maranhão no calendário das grandes festas nacionais”, afirmou Sérgio Macedo.
O secretário de Estado da Cultura (Secma), Yuri Arruda, destacou que com ações bem promovidas, a cultura maranhense se torna mais um grande vetor de desenvolvimento econômico e social no estado.
“A cultura é um grande diferencial turístico do Maranhão. E durante o período junino, a demanda por serviços locais, produtos artesanais e entretenimento aumenta consideravelmente, além do fortalecimento do setor hoteleiro e do turismo nas mais diversas regiões do estado, impulsionando a economia local de diversas formas. É um dia de muita alegria, lançar o maior São João do Brasil e mostrar um pouco da nossa grande diversidade cultural para todo Brasil”, disse o secretário da Secma.
Lançamento do São João 2024
Para o lançamento do São João 2024, em São Paulo, foi preparada uma grande festa com as toadas, cores e encantos das apresentações folclóricas de bumba-meu-boi e cacuriá, duas das atrações típicas dos festejos juninos no estado, que proporcionarão uma verdadeira imersão nos ritmos e tradições típicas maranhenses.
Ainda no intuito de fortalecer a indústria do turismo como um todo, demonstrando o potencial de cooperação e crescimento que pode ser alcançado através da colaboração entre diferentes atores do setor, a ação será destinada também aos operadores e agentes de viagem de São Paulo.
Em 2023, somente no dia do lançamento do São João do Maranhão, em São Paulo, para mais de 148 operadoras de turismo e agências de viagens, foram vendidos 1.500 pacotes de viagens para o estado.
São João do Maranhão
A programação do São João 2024 começa ainda no mês de maio com o projeto Maranhão de Reencontros, que realiza prévias juninas nos fins de semana, preparando o público para os festejos que ocorrem ao longo do mês de junho.
Além disso, os turistas que chegam ao estado em junho pelo Aeroporto Internacional Marechal Hugo da Cunha Machado, em São Luís, são recepcionados com as atrações do São João para já entrarem no clima da festa.
E para garantir a tranquilidade de todos, o Governo do Maranhão também reforça a segurança pública, por meio do trabalho conjunto das forças de segurança do estado.
Diversidade
O São João do Maranhão destaca-se nacionalmente pela diversidade folclórica e cultural que reúne em uma grande festa tradições de origens indígenas, africanas e europeias.
As atrações incluem cinco sotaques (conjunto de ritmos e estilos) diferentes de bumba-meu-boi, a atração mais característica do período junino maranhense, além do cacuriá, quadrilha, grupos de tambor de crioula, entre outras manifestações culturais.
As festas espalham-se por todo o estado, da capital, São Luís, aos pequenos municípios do interior, onde o público pode conferir as apresentações nos arraiais, comprar o artesanato local e experimentar diversos pratos da culinária maranhense, à base, principalmente, de frutos do mar.
Em pronunciamento pelo Dia dos Trabalhadores (1° de maio), o governador Carlos Brandão anunciou a nomeação de novos servidores aprovados em concursos para a Polícia Militar do Maranhão (UEMA), Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (Uemasul) e Departamento Estadual do Maranhão (Detran-MA).
Durante o vídeo em que parabeniza trabalhadores e trabalhadoras do Maranhão, Carlos Brandão citou novos investimentos para a geração de emprego e renda no estado, e fez o anúncio de contratações para o serviço público.
“Aproveito o momento para informar que nomearemos mais servidores efetivos. Serão mais 150 policiais militares, 27 professores para a Uema e 5 para Uemasul e, ainda, mais 68 servidores para o Detran. Medidas que visam melhorar a qualidade da prestação do serviço público aos maranhenses”, destacou.
O anúncio realizado não só atende à demanda dos concursados que aguardavam nomeação como também dá continuidade à política de convocação de servidores realizada por Carlos Brandão, desde o primeiro dia de seu governo.
Somente em março deste ano, foram nomeados 600 novos policiais militares, que agora realizam Curso de Nivelamento Técnico Profissional. Dos 600 cadetes convocados, 133 são mulheres, demonstrando que o governador também segue atento à inclusão feminina no serviço público.
Além disso, Brandão realizou a promoção de 873 bombeiros e policiais militares neste ano, e anunciou a convocação de mais concursados para fortalecer o trabalho da Polícia Civil: 50 delegados, 20 investigadores e 10 peritos; aprovando ainda promoção aos delegados, com efeito retroativo a janeiro.
O governador aproveitou o vídeo celebrativo do Dia dos Trabalhadores para também destacar a implantação da Central de Atendimento Especializado ao Servidor, um ambiente que propõe exclusividade para facilitar o acesso dos servidores do Estado. Brandão ainda reforçou seu compromisso de buscar investimentos que aumentem a geração de emprego e renda no Maranhão, a exemplo da fábrica de etanol Inpasa, que atualmente segue em construção no município de Balsas.
Equipe de esportes da Timbira FM 95,5 MHz na cobertura da partida entre Sampaio Corrêa 0 X 2 Fluminense-RJ pela Copa do Brasil.
O jogo foi realizado, na quarta-feira (1°), no estádio Kleber Andrade, na cidade de Cariacica, no estado do Espírito Santo.
Equipe Timbira FM
– Coordenador de Esporte: Heraldo Moreira
– Pré-jogo e Narração: Roberto Ramos (no estúdio, pela Amazon Prime)
– Comentários e Plantão: Heraldo Moreira (no estúdio)
– Reportagens: Noel Soares & Daniel Amorim (ambos no estúdio, com o Tempo Extra comandado pelo Daniel Amorim)
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A Petrobras anunciou redução de 41% nas emissões de gás carbônico (CO2), no período de 2015 a 2023. O dado consta da mais recente edição do Caderno do Clima, divulgada nesta terça-feira (30).
O CO2, também chamado dióxido de carbono, é um dos principais gases causadores do efeito estufa.
Na avaliação do diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da companhia, Maurício Tolmasquim, esse foi um “resultado excepcional”. No Caderno do Clima publicado no ano passado, a redução das emissões absolutas operacionais alcançou 39% de 2015 a 2022.
A publicação revela também que a emissão de metano (segundo, dentre os três gases que agravam o efeito estufa) foi reduzida em 68%.
“Isso é relevante porque, porque apesar de o CO2 ser mais abundante, o metano tem maior impacto sobre o aquecimento global. Para ter uma ideia, no período de 100 anos, uma molécula de metano tem um poder de aquecimento 25 vezes maior que o de CO2. Então, você reduzir o metano tem um benefício para o clima bastante importante”.
A publicação mostra ainda que, na área de exploração e produção (EP) de petróleo, a companhia atingiu a menor intensidade de emissão – que é a relação de quanto se emite por barril de petróleo. A intensidade de emissão foi de 14,2 quilos de CO2 por barril. A média mundial é em torno de 18 quilogramas.
Resiliência
Outro tema comentado pelo diretor de Transição Energética e Sustentabilidade foi a resiliência do planejamento da expansão de petróleo, ou seja: adaptar o planejamento diante do cenário mundial. Isso porque a Agência Internacional de Energia prevê chegar a 2050 com meta mundial de produção de 57 milhões de barris diários. Atualmente, o mundo consome 100 milhões de barris/dia, mas com a transição energética, a tendência é de queda na demanda pelo recurso
“A Petrobras tem que se preparar para esse mundo com demanda menor”, disse. Segundo Tolmasquim, com esse cenário, o aquecimento global chegaria a 1,7 graus Celsius (°C), próximo à meta ideal de 1,5 °C.
Para fazer parte desse mundo futuro, é preciso produzir petróleo a um custo competitivo e que emita menos gases de efeito estufa, porque esse será o produto mais demandado no futuro, indicou. “A gente não vai fazer investimentos de que vai se arrepender no futuro. O que a gente está fazendo são investimentos em que há confiança de que serão rentáveis, mesmo em um mundo que demanda menos petróleo”.
Para o diretor, esse é um elemento importante para os investidores da Petrobras, porque significa que a empresa está sendo cautelosa e que o seu portfólio se adapta ao cenário futuro.
O Maranhão receberá nesta quinta (11) e sexta-feira (12) o mutirão de serviços voltado a prefeitos e gestores municipais da Caravana Federativa, do Governo Federal. A ação conta com o apoio do Governo do Maranhão.
O evento inicia às 8h, nos dois dias, no Centro de Convenções Pedro Neiva de Santana – Multicenter Sebrae, no Sítio do Rangedor.
A abertura será às 11h, com a presença do governador Carlos Brandão, ministra Márcia Lopes (Mulheres), André Fufuca (Esportes), Márcio Macedo (Secretaria Geral da Presidência) e Wolney Queiroz (Previdência Social), além do secretário de Assuntos Federativos Júlio Pinheiro da SRI (Secretaria de Relações Institucionais da Presidência).
Reunião Federativa
No Maranhão, a Caravana Federativa contará com programação ampla. Nesta quinta-feira (11), ocorre a Reunião Federativa, quando prefeitos, vice-prefeitos e gestores públicos federais do Maranhão debatem o tema “Programas e projetos estruturantes para o Maranhão”.
Serão feitas entregas, anúncios de convênios, programas e projetos do Governo Federal no estado. Também acontece o “Fórum da Participação Social”, quando atores locais debatem políticas públicas no território maranhense.
Na sexta-feira (12), será a vez de vereadores e vereadoras participarem de reunião com o tema “Como monitorar e impulsionar a execução de programas federais nos municípios”. Também será realizada reunião das coordenações do Fórum dos Gestores Públicos Federais e da Comissão dos Movimentos Sociais.
Oficinas
Nos dois dias também acontecem cerca de 30 oficinas temáticas. Entre as oficinas que serão realizadas na quinta-feira (11) estão: Programa “Parcerias Brasil”, do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional; “Conhecendo Coordenação-Geral de Memória e Verdade da Escravidão e do Tráfico Transatlântico de Pessoas Escravizadas”, do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania; “Caminhos para o Brasil seguir fora doMapa da Fome: Protocolo Brasil Sem Fome e Adesão dos municípios ao Sisan”, do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS).
Na Ainda quinta-feira (11), o Ministério da Saúde realiza quatro oficinas: “Apresentação do Painel de monitoramento do Programa Mais Médicos”; “Cadastramento e Faturamento de Ofertas de Cuidados Integrados OCI Componente Ambulatorial do Programa Agora Tem Especialistas”; “Financiamento da Atenção Primária a Saúde”; e “Componente SUS Digital no Agora Tem Especialistas – Telessaúde”.
Na sexta-feira (12), entre as oficinas estão: “Regime Simplificado”; “Soluções Caixa para Desenvolvimento Municipal” e “Minha Casa Minha Vida – como garantir que a moradia chegue a quem mais precisa”, da Caixa.
A Fundação Nacional de Saúde (Funasa) realiza a oficina “Recursos para obras que transformam: como garantir saneamento e saúde para seu município”; o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), “Contrata+Brasil: escuta dos Compradores Estaduais sobre módulo Aquisição de Alimentos”; e a Advocacia-Geral da União (AGU), “Como os municípios podem negociar a complementação do Fundef, garantindo recursos para a educação básica”.
Caravana Federativa
Sob a coordenação da SRI e de sua Secretaria de Assuntos Federativos (SEAF), a Caravana desempenha um papel considerado crucial em facilitar a comunicação entre os municípios e o governo federal. A primeira edição aconteceu em 2023, na Bahia, e naquele ano passou por diversos estados, incluindo o Maranhão, que recebeu a 5ª edição. A programação foi retomada este ano, começando pelo Rio Grande do Norte. O Maranhão recebe a 2ª edição desta nova rodada da Caravana.
Em 2023, em dois dias de trabalho da Caravana Federativa mais de 2,6 mil atendimentos foram realizados pelas equipes do Governo Federal no Maranhão, que recebeu mais de 350 funcionários de 40 órgãos federais e cerca de 180 representantes de prefeituras, o que corresponde a 82% dos 217 municípios maranhenses.
Os funcionários federais puderam orientar e auxiliar prefeitos, vice-prefeitos e secretários na resolução de questões burocráticas para o destravamento de obras, convênios e demais ações vinculadas ao Governo Federal nos municípios. Ao todo, 40 órgãos federais estiveram presentes, sendo 34 ministérios, três bancos – Caixa Econômica, Banco do Brasil e BNDES – e mais quatro autarquias e fundações: INSS, Codevasf, FNDE e Funasa.
A ação também possibilitou tratativas dos gestores municipais com empresas como a Equatorial, Correios e Serpro, que atua no mercado de Tecnologia da Informação para o setor público.
Programação
quinta-feira (11)
8h às 18h
Balcões de atendimento de ministérios e órgãos federais;
10h às 10h30
Atividade cultural;
11h às 12h30
Abertura oficial da Caravana Federativa e a conferência “O Brasil que estamos construindo”
Conferencistas:
Márcio Macedo – Ministro de Estado da Secretaria Geral da Presidência da República)
Márcia Lopes (Ministra de Estado das Mulheres) – Conferencista
Local: Auditório principal
Presenças
Wolney Queiroz (Ministro de Estado da Previdência Social)
André Fufuca (Ministro de Estado dos Esportes)
Carlos Brandão (Governador do Estado do Maranhão)
Júlio Pinheiro (Secretário Especial de Assuntos Federativos da SRI da Presidência da República)
Roberto Costa (Presidente da FAMEM)
Felipe Camarão (Vice-governador do Estado do Maranhão)
Assaf Sobrinho Presidente da União dos Vereadores do Maranhão
Washington Luis (Secretário de Estado de Relações Institucionais do Maranhão
Iracema Vale (Presidente da Assembleia Legislativa)
Senadora Eliziane Gama
Senador Weverton Rocha
Cristiane Rego Pinheiro (Marcha Mundial de Mulheres – representando movimentos sociais)
Roberto Nami Garibe Filho (Secretário Especial Adjunto do PAC – Casa Civil Presidência da República)
Marco Antônio Chamon (Presidente da Agência Espacial Brasileira)
Isaque Costa do Nascimento (Superintendente do BNB no Maranhão)
Rafael Miranda Neiva (Superintendente Nacional de Gestão e Varejo Norte da CEF)
Ana Claro Albuquerque (Superintende Comercial de Governo do Banco do Brasil)
Celso Gonçalo de Sousa (Presidente do Sebrae Maranhão)
Carlos Alexandria (Gerente do Serpro – Departamento de Negócios Públicos e Privados do Nordeste)
Deputados federais
Deputados estaduais
Prefeitos
14h às 18h
Oficinas temáticas;
14h30 às 16h
Reunião Federativa (prefeitos, vice-prefeitos e gestores públicos federais do Maranhão);
15h15 às 15h45
Atividade cultural;
16h às 17h30
Entregas, anúncios de convênios, programas e projetos do Governo Federal;
17h às 19h – Fórum da Participação Social.
Sexta-feira (12)
8h às 12h
Balcões de atendimento de ministérios e órgãos federais;
9h às 12h
Oficinas temáticas;
9h30 às 11h
Reunião Federativa (vereadores e vereadoras);
9h30 às 11h
Reunião das coordenações do Fórum dos Gestores Públicos Federais e da Comissão dos Movimentos Sociais;
12h
Encerramento das atividades da Caravana Federativa com apresentação cultural.
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) define o veredito sobre o julgamento do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, nesta sexta-feira (12).
A Primeira Turma é formada pelos ministros Alexandre de Moraes, Luiz Fux, Flávio Dino, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.
A ministra Carmem Lúcia vota nesta quinta-feira (11). O último a votar é o ministro Cristiano Zanin.
Voto de Luiz Fux
Na quarta-feira (10), o ministro Luiz Fux, terceiro a votar no julgamento da trama golpista, absolveu Jair Bolsonaro pelo crime de organização criminosa.
Luiz Fux ainda votou pela condenação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e o general Braga Netto pelo crime de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
A votação de Luiz Fux abriu divergência em diversos pontos com os votos dos ministros que o antecederam – Alexandre de Moraes e Flávio Dino.
Votos de Alexandre de Moraes e Flávio Dino
Na terça-feira (9), o relator do processo, ministro Alexandre de Moraes, votou pela condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e de mais sete aliados por tentativa de golpe de Estado.
O ministro Flávio Dino, também, votou, na terça-feira (9), pela condenação do ex-presidente.
Com os votos destes três ministros, o placar pela condenação ficou em 2 votos a 1.
Decisão
O tempo de pena será anunciado nesta sexta-feira (12) e será definido somente ao final da rodada de votação sobre a condenação ou absolvição dos réus. Em caso de condenação, as penas podem chegar a 30 anos de prisão em regime fechado.
O número de sessões aumento para 10. Já aconteceram seis sessões. Faltam quatro: duas nesta sexta-feira (11) e duas na sexta-feira (12), quando os vereditos serão anunciados.
Horários das sessões
2 de setembro – 9h e 14h;
3 de setembro – 9h;
9 de setembro – 9h e 14h;
10 de setembro – 9h;
11 de setembro – 9h e às 14h
12 de setembro – 9h e 14h.
Julgamento
O grupo que está sendo julgado é acusado de cinco crimes. Dois deles estão na lei que combate os ataques à democracia – sancionada pelo próprio Jair Bolsonaro, quando presidente da República.
Da forma como os crimes estão previstos na legislação, a tentativa de deposição do governo já é suficiente para a configuração da ação ilegal. Ou seja, na prática, já é possível punir a tentativa de atacar as instituições, mesmo que a ruptura do regime democrático não tenha se concretizado.
A decisão será por maioria simples (pelo menos três votos). O colegiado pode optar pela absolvição ou pela condenação, caso em que, também, será definido o cálculo das penas de cada réu, de acordo com o grau de participação nos fatos.
Quem são os réus?
Jair Bolsonaro – ex-presidente da República;
Alexandre Ramagem – ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);
Almir Garnier- ex-comandante da Marinha;
Anderson Torres – ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal;
Augusto Heleno – ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);
Paulo Sérgio Nogueira – ex-ministro da Defesa;
Walter Braga Netto – ex-ministro de Bolsonaro e candidato à vice na chapa de 2022;
Mauro Cid – ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
Acusação contra os réus
Abolição violenta do Estado Democrático de Direito: pune o ato de “tentar, com emprego de violência ou grave ameaça, abolir o Estado Democrático de Direito, impedindo ou restringindo o exercício dos poderes constitucionais”. A pena varia de 4 a 8 anos de prisão;
Golpe de Estado: fica configurado quando uma pessoa tenta “depor, por meio de violência ou grave ameaça, o governo legitimamente constituído”. A punição é aplicada por prisão, no período de 4 a 12 anos;
Organização criminosa: quando quatro ou mais pessoas se reúnem, de forma ordenada e com divisão de tarefas, para cometer crimes. Pena de 3 a 8 anos;
Dano qualificado: destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia, com violência e grave ameaça, contra o patrimônio da União, e com considerável prejuízo para a vítima. Pena de seis meses a três anos;
Deterioração de patrimônio tombado: destruir, inutilizar ou deteriorar bem especialmente protegido por lei, ato administrativo ou decisão judicial. Pena de um a três anos.
A inflação oficial ficou negativa no mês de agosto, ou seja, os preços ficaram mais baratos em média. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou o mês em -0,11%. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O IPCA é a principal métrica para acompanhamento da política de metas de inflação. A meta atual estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos, ou seja, um intervalo de 1,5% a 4,5%.
Em julho, o índice tinha ficado em 0,26%. Essa deflação (inflação negativa) é a primeira desde agosto de 2024 (-0,02%) e a mais intensa desde setembro de 2022 (-0,29%).
Com o resultado de agosto de 2025, o acumulado de 12 meses chega a 5,13%, abaixo dos 5,23% dos 12 meses terminados em julho, mas ainda acima da meta do governo, de até 4,5%.
A conta de luz recuou 4,21% no mês, representando impacto negativo de 0,17 ponto percentual (p.p.), figurando como o subitem que mais puxou a inflação para baixo. Com isso, o grupo habitação recuou 0,90%.
A explicação está no chamado Bônus de Itaipu, desconto na conta que beneficiou 80,8 milhões de consumidores. Conforme adiantou a Agência Brasil, a bonificação compensou a bandeira tarifária vermelha 2, que adiciona R$ 7,87 na conta e luz a cada 100 Kwh consumidos.
O grupo alimentação e bebidas (-0,46%) caiu pelo terceiro mês seguido. O de transportes (-0,27%) também ajudou a deixar o IPCA negativo IPCA.
O IPCA apura o custo de vida para famílias com rendimentos entre um e 40 salários mínimos. Atualmente o valor do mínimo é R$ 1.518.
A coleta de preços do IPCA é feita em dez regiões metropolitanas – Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre – além de Brasília e nas capitais Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju.
Desde o início de 2025, o período de avaliação da meta é referente aos 12 meses imediatamente passados e não apenas o alcançado no fim do ano (dezembro). A meta só é considerada descumprida se estourar o intervalo de tolerância por seis meses seguidos, o que aconteceu em junho.