*Carlos Brandão
E quando abrimos os olhos, o ano passou. É sempre assim. Cada vez mais cultivamos a percepção de que o tempo passa mais rápido do que realmente é. Vivemos a velocidade das redes sociais, da informação instantânea, da avalanche de conteúdos (muitos totalmente inúteis). Por vezes, não desaceleramos para escutar quem nos fala mais devagar; não separamos um segundo para quem quer nos acalentar; deixamos escapar a beleza do percurso. Viver com tanta pressa talvez tenha feito com que tenhamos perdido a capacidade de encontrar alegria, significado e satisfação nos momentos cotidianos e nas pequenas coisas da vida.
Agora, vivemos mais um Natal. Uma época mágica, que marca o nascimento de Cristo e nos convida a reflexões como essas. À união e ao fortalecimento dos laços que nos conectam como sociedade. Em cada luz acesa, em cada abraço compartilhado, vemos a força transformadora do amor e da esperança. É esse espírito que nos inspira a desejar um futuro melhor,. A acreditar que, juntos, somos capazes de superar qualquer desafio. E tudo a seu tempo!
No Maranhão, 2024 foi um ano de muitas realizações, e não podemos deixar de celebrá-las. Tivemos a honra de ver o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses ser reconhecido como Patrimônio Natural da Humanidade. Avançamos no combate à desigualdade social: mais de meio milhão de pessoas saíram da pobreza e da extrema pobreza. Investimos em segurança pública, com a chamada de todos os concursados da Polícia Militar. Na educação, seguimos valorizando os professores e ampliando as oportunidades para os jovens. Na saúde, conquistas vieram com o Hospital Carlos Macieira, a Clínica Sorrir e a Emserh, que alcançaram reconhecimento nacional e elevaram o padrão de qualidade dos serviços prestados à nossa população. Nosso Porto do Itaqui segue quebrando recordes,
e o agronegócio maranhense continua produzindo muito para o país. Todas essas vitórias refletem o trabalho dedicado dos servidores públicos e o esforço de cada cidadão que acredita e contribui para o desenvolvimento do nosso estado. São resultados que nos dão a certeza de que, em 2025, o Maranhão continuará crescendo, gerando mais empregos, renda e melhor qualidade de vida para todos. Tudo feito na velocidade ideal. Afinal, o tempo tem que estar a nosso favor para que as transformações aconteçam.
O Natal chega e nos lembra que, apesar de nossas diferenças, todos compartilhamos os mesmos anseios por paz, felicidade e prosperidade. Assim queremos o Maranhão, onde a união de propósitos esteja presente em cada ação, onde todos trabalhem pelo bem comum. Este é o compromisso do nosso governo: atuar com planejamento e estratégia, buscando sempre o crescimento econômico e social do estado.
Sem pressa, vamos abrir nossos corações para os gestos simples que fazem toda a diferença: um abraço sincero, uma palavra de conforto, um ato de generosidade. Que a magia desse tempo especial nos inspire a semear harmonia e a cultivar o amor!
Aos maranhenses, fica a nossa mensagem de gratidão e otimismo. Que o nascimento do Menino Jesus renove nossas forças e nos inspire a construir um ano novo ainda melhor, valorizando tudo o que há de mais simples. Em 2025, juntos, vamos seguir avançando, superando desafios e realizando novos sonhos.
Que haja paz em nossos lares, saúde em nossas vidas e prosperidade para todos!
Um 2025 de muitas realizações!
*Governador do Maranhão
O número de mortos confirmados após o desabamento da Ponte Juscelino Kubitschek, que conectava Estreito (MA) a Aguiarnópolis (TO), subiu para oito. Os corpos de duas vítimas foram localizados na manhã desta quinta-feira (26). Nove pessoas ainda estão desaparecidas.
As buscas foram retomadas nas primeiras horas do dia por mergulhadores e militares da Marinha, além de equipes dos Corpos de Bombeiros do Maranhão, Pará e Tocantins. O trabalho é desafiador devido à profundidade do rio Tocantins, que em alguns pontos atinge 40 metros. Para facilitar a operação, a Usina Hidrelétrica de Estreito reduziu a vazão da represa e o equipamento “SideScan Sonar” continua auxiliando na localização de veículos submersos.
Risco químico nas operações
Três veículos envolvidos no acidente transportavam substâncias perigosas: 22 mil litros de defensivos agrícolas e 76 toneladas de ácido sulfúrico. Por conta disso, análises periódicas da água têm sido realizadas para garantir a segurança dos mergulhadores.
Soluções emergenciais para o tráfego
O governador de Tocantins, Wanderlei Barbosa, comunicou pelas redes sociais que mantém diálogo com o Ministério dos Transportes para alternativas ao tráfego na região. Por enquanto, motoristas estão sendo orientados a utilizar a ponte em Imperatriz (MA). Além disso, uma balsa deve começar a operar até o fim de semana, oferecendo uma rota temporária para quem precisa cruzar os dois estados.
O desabamento da ponte, ocorrido no último domingo (22), segue mobilizando equipes e autoridades, enquanto famílias aguardam notícias dos desaparecidos.
A Equatorial Maranhão realizará nesta sexta-feira (27), das 9h às 16h, o mutirão de serviços “Pelo Cliente Todo Dia”. A ação acontecerá no Largo do Carmo, no Centro de São Luís, e oferecerá diversos serviços gratuitos à população.
Entre os benefícios disponibilizados estão o cadastro na Tarifa Social de Energia Elétrica, que garante descontos na conta de luz para famílias de baixa renda, e a troca de lâmpadas antigas por modelos de LED, que são mais econômicos e sustentáveis.
O evento também permitirá a negociação de contas em atraso, com condições especiais para regularização de débitos, ajudando os consumidores a manterem suas contas em dia.
Com essa iniciativa, a Equatorial reforça seu compromisso com a comunidade, buscando facilitar o acesso a serviços essenciais e contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos maranhenses.
O ator e diretor Ney Latorraca, um dos maiores nomes da teledramaturgia brasileira, faleceu na manhã desta quinta-feira (26), aos 80 anos, no Rio de Janeiro. Ele estava internado na Clínica São Vicente, na Gávea, onde tratava um câncer de próstata com metástase.
Diagnosticado pela primeira vez em 2019, Ney passou por cirurgia e conseguiu se recuperar. No entanto, a doença retornou em agosto deste ano, em estágio avançado, e o tratamento não foi suficiente para conter sua progressão. A Clínica São Vicente emitiu uma nota oficial lamentando profundamente a perda do ator:
“A Clínica São Vicente lamenta profundamente a morte do paciente Antonio Ney Latorraca na manhã desta quinta-feira e se solidariza com a família e amigos por esta irreparável perda. O hospital também informa que não tem autorização da família para divulgar mais detalhes.”
Uma vida dedicada às artes
Nascido em Santos, São Paulo, em 25 de julho de 1944, Ney Latorraca iniciou sua trajetória artística no teatro em 1964, com a peça “Pluft, o Fantasminha”. Filho do cantor Alfredo e da corista Tomaza, Ney sempre esteve rodeado por música e arte desde a infância.
Em sua carreira, brilhou em montagens teatrais, como “O Mistério de Irma Vap”, em parceria com Marco Nanini, que ficou em cartaz por mais de uma década.
Na televisão, Ney estreou em 1975, na novela “Escalada”, da TV Globo. Entre seus papéis mais marcantes estão o cômico Quequé, de “Rabo de Saia” (1984), o irreverente Barbosa, no programa “TV Pirata” (1988), e o icônico Vlad, em “Vamp” (1991). No total, ele participou de 18 novelas, seis minisséries e oito seriados, além de atuar em 23 filmes e 13 peças.
Legado
O trabalho de Ney Latorraca atravessou gerações e marcou profundamente a cultura brasileira. Com uma carreira que uniu talento, carisma e versatilidade, ele deixa um legado rico nas artes cênicas.
Ainda não há informações sobre o velório ou o sepultamento do artista.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei 15.068/24, que institui a Política Nacional de Economia Solidária (PNES). A medida, originada do Projeto de Lei 6606/19, de autoria do deputado Paulo Teixeira (SP), atual ministro do Desenvolvimento Agrário, foi publicada no Diário Oficial da União nesta terça-feira (24), sem vetos ao texto.
A lei homenageia Paul Singer (1932-2018), sociólogo e economista que foi pioneiro nos estudos sobre economia solidária no Brasil e titular da Secretaria Nacional de Economia Solidária durante o primeiro mandato de Lula (2003-2007).
Objetivos da PNES
A Política Nacional de Economia Solidária busca fortalecer iniciativas coletivas e sustentáveis por meio do associativismo e cooperativismo. Entre suas metas estão:
Sistema Nacional de Economia Solidária
A nova legislação também cria o Sistema Nacional de Economia Solidária (Sinaes), que será responsável por implementar e monitorar a PNES. O sistema reúne esforços entre diferentes níveis de governo e a sociedade civil, integrando:
Reconhecimento jurídico
Além disso, a lei altera o Código Civil para reconhecer os Empreendimentos Econômicos Solidários (EES) como uma nova categoria de pessoa jurídica. Esses empreendimentos incluem cooperativas de trabalhadores, associações, grupos de agricultura familiar, bancos comunitários e empresas recuperadas por funcionários.
Contexto histórico
A economia solidária no Brasil ganhou força no final dos anos 1980, em resposta à crise econômica e ao desemprego. Grupos de trabalhadores passaram a se organizar coletivamente, criando cooperativas e associações como forma de gerar renda e trabalho de maneira autônoma.
Com a aprovação da Lei Paul Singer, o governo pretende consolidar e ampliar essas iniciativas, promovendo um modelo econômico mais inclusivo e sustentável.
A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) informou que não há indícios de contaminação das águas do rio Tocantins após o desabamento da Ponte Juscelino Kubitschek, que liga os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). O acidente envolveu três caminhões que transportavam defensivos agrícolas e ácido sulfúrico, o que inicialmente gerou preocupação sobre a qualidade da água.
De acordo com a ANA, as análises preliminares indicam que “não houve alterações significativas nos parâmetros básicos de qualidade da água”. O órgão realizou estudos considerando os possíveis impactos dos produtos transportados, que incluíam 25 mil litros de defensivos agrícolas e 76 toneladas de ácido sulfúrico, ambos altamente tóxicos.
Simulações de diluição realizadas no local do acidente apontaram que, em relação ao princípio ativo acetomiprido, usado em defensivos agrícolas, “não há risco significativo de descumprimento dos parâmetros de potabilidade definidos pelo Ministério da Saúde”. Além disso, a agência destacou que não há confirmação de que as embalagens desses produtos tenham sido rompidas, já que estavam acondicionadas em pallets protegidos por microfilme.
Quanto ao ácido sulfúrico, análises de pH e condutividade elétrica nas águas do Tocantins indicaram que não houve alterações, o que sugere que não ocorreu vazamento significativo do produto no rio.
A ANA também coletou amostras em cinco pontos diferentes ao longo de 135 km do rio, entre o reservatório da Usina Hidrelétrica Estreito e o município de Imperatriz (MA). Segundo o comunicado, os resultados não apontaram impactos imediatos relacionados ao acidente, mas a agência continuará monitorando a qualidade da água.
Após a divulgação do parecer técnico, o governador do Maranhão, Carlos Brandão, anunciou a liberação do uso das águas do rio para consumo e abastecimento. “Com base no parecer da ANA, a captação da água para abastecimento de Imperatriz será retomada imediatamente. Seguiremos com novas análises para garantir a segurança integral da população”, afirmou Brandão em uma rede social.
Antes da liberação, autoridades do Maranhão e do Tocantins haviam recomendado que a população evitasse o consumo, o uso e até mesmo banhos nas águas do rio na região do acidente. A situação seguirá sendo monitorada para assegurar a qualidade e a segurança do recurso hídrico.
A partir de 1º de janeiro de 2025, o Brasil assumirá a presidência do Brics, grupo que reúne algumas das principais economias emergentes do mundo. Durante seu mandato, o país buscará fortalecer o diálogo entre os membros em áreas prioritárias como mudanças climáticas, sustentabilidade e a regulação global da inteligência artificial. A informação foi confirmada pelo embaixador Eduardo Saboia, principal negociador do bloco.
Após um intervalo de seis anos, o Brasil retorna à liderança do Brics com a missão de coordenar discussões e iniciativas voltadas para desafios globais. Entre as metas está o avanço em temas como combate às mudanças climáticas, redução da pobreza e regulamentação da inteligência artificial. O país também planeja alinhar compromissos firmados no G20 com os debates da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-30), que será realizada em Belém no mesmo ano.
Saboia destacou, em entrevista à Agência Brasil, o papel estratégico do Brics, que engloba mais de 40% da população global e representa 37% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, na busca por soluções compartilhadas para questões globais. “O bloco tem o potencial de promover um mundo mais equitativo e sustentável”, afirmou.
Quanto à inteligência artificial, o embaixador enfatizou a necessidade de criar mecanismos internacionais para regular a tecnologia, que vem transformando setores econômicos e sociais. “Ainda não há uma estrutura clara de governança para a IA, mas este é um tema que estamos debatendo”, comentou.
O Brics, que inicialmente contava com cinco países – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul –, passou por uma expansão recente e agora inclui Irã, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Egito e Arábia Saudita. O grupo se consolidou como um importante fórum para a cooperação entre economias emergentes, visando enfrentar desafios globais e promover o desenvolvimento sustentável.
Com a aproximação das festas de fim de ano, os horários de funcionamento das agências bancárias sofrerão alterações nas próximas semanas. Para evitar contratempos, é importante organizar-se com antecedência para resolver pendências e agendar pagamentos, garantindo que suas contas estejam em dia.
No dia 24 de dezembro, véspera de Natal, os bancos atenderão ao público em horário reduzido, das 9h às 11h, seguindo o horário de Brasília. Já no dia 31 de dezembro, véspera de Ano Novo, as agências não abrirão e as compensações bancárias estarão suspensas. No entanto, o PIX seguirá funcionando normalmente, já que opera 24 horas por dia, conforme informou a Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
Fique atento aos feriados
Nos feriados de 25 de dezembro e 1º de janeiro, não haverá expediente bancário e, assim como no dia 31, as operações de compensação bancária também não serão realizadas. Em contrapartida, as agências funcionarão normalmente nos dias 23, 26, 27 e 30 de dezembro, além do dia 2 de janeiro de 2025.
Contas de consumo
As contas de serviços essenciais, como água, luz e telefone, com vencimento nos dias em que não há compensação bancária, poderão ser pagas no próximo dia útil sem cobrança de multas ou acréscimos.
Impostos e tributos
Para tributos e impostos com vencimento nas datas dos feriados, a Febraban recomenda que o pagamento seja antecipado ou agendado. Caso o pagamento seja realizado após o prazo, poderão incidir juros e multas.
Os agendamentos podem ser realizados por meio de caixas eletrônicos, internet banking, aplicativos ou atendimento telefônico dos bancos.
O que é considerado dia útil para pagamentos?
De acordo com uma resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN), não são considerados dias úteis para operações bancárias os sábados, domingos e feriados nacionais. Além disso, as agências também não operam em feriados estaduais e municipais.
Nesta segunda-feira (23), o ministro dos Transportes, Renan Filho, anunciou a liberação de mais de R$ 100 milhões para os trabalhos de reconstrução e remoção dos escombros da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que desmoronou no domingo (22). A ponte, localizada na divisa entre o Maranhão e Tocantins, teve o colapso do vão central, com 533 metros de extensão, provocando uma tragédia na região.
Após sobrevoar o local do incidente, Renan Filho decretou estado de emergência e garantiu que o governo federal está empenhado em acelerar as ações necessárias. “Contamos com as condições técnicas e os recursos financeiros necessários para realizar, além da reconstrução da ponte, a remoção dos destroços, avaliação dos prejuízos e acompanhamento das obras. Vamos reconstruir uma estrutura com total segurança”, afirmou o ministro.
Consequências do desabamento
O colapso da ponte ocasionou um grave acidente que envolveu pelo menos 10 veículos – sendo quatro caminhões, três carros e três motocicletas. De acordo com a Defesa Civil de Estreito, até agora, 16 pessoas permanecem desaparecidas, uma vítima fatal foi confirmada e outra está hospitalizada.
Técnicos do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) já estão na área para avaliar os danos e investigar as causas do desabamento, com o objetivo de tomar as providências necessárias.
Reconstrução é prioridade
O Ministério dos Transportes trabalha para garantir que os recursos sejam disponibilizados ainda em 2024, permitindo que as obras sejam iniciadas dentro do mesmo ano. “Com a emergência decretada, nosso objetivo é contratar as obras de reconstrução ainda no atual exercício. Será um esforço de grande eficiência por parte do ministério”, ressaltou Renan Filho.
A reconstrução da ponte Juscelino Kubitschek é considerada essencial devido à sua relevância para o tráfego e a conexão entre os estados do Maranhão e Tocantins. O governo federal também se compromete a adotar os mais altos padrões de segurança em todas as futuras intervenções, a fim de evitar novas tragédias semelhantes.
Na última sexta-feira (20), o Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos (Imesc) divulgou os dados do Produto Interno Bruto (PIB) Trimestral do Maranhão referentes ao terceiro trimestre de 2024.
O indicador trimestral é utilizado para antecipar os resultados do PIB anual, a principal medida do desempenho econômico. O PIB corresponde à soma de todos os bens e serviços finais produzidos em um período determinado, abrangendo as diversas atividades econômicas do estado.
Segundo o levantamento, a economia maranhense apresentou um crescimento significativo de 3,3% no terceiro trimestre de 2024, em comparação ao mesmo período de 2023. Esse aumento demonstra o dinamismo da atividade econômica no estado, resultando em uma maior geração de empregos e renda em relação ao ano anterior.
Destaques setoriais
O setor primário apresentou um desempenho sólido, com crescimento de 3,9% no acumulado até o terceiro trimestre, superando amplamente a média do Nordeste (0,4%) e do Brasil (-3,5%). O destaque foi para a colheita de grãos, especialmente a soja, que continua sendo um dos principais impulsionadores da economia maranhense.
No setor secundário, os números foram ainda mais expressivos. No terceiro trimestre, houve uma alta de 18,7% em comparação ao mesmo período do ano anterior, e o acumulado do ano registrou crescimento de 8,5%. Esses resultados posicionam a indústria maranhense acima das médias observadas tanto no Nordeste quanto no cenário nacional.
Por outro lado, o setor terciário teve um crescimento mais discreto, registrando 0,6% no terceiro trimestre. No entanto, no acumulado de janeiro a setembro, o aumento foi de 1,4%, com destaque para os segmentos de comércio, transportes e atividades imobiliárias.
Perspectivas econômicas
Com os resultados alcançados até o momento, o Maranhão se firma como um destaque econômico tanto no âmbito regional quanto nacional. A continuidade de investimentos e o fortalecimento de setores estratégicos, como a agricultura e a indústria, apontam para um encerramento de 2024 com números positivos e uma trajetória de crescimento sustentável.
* Carlos Brandão
De dentro da Amazônia, o mundo ouve um chamado. Não é apenas o canto dos pássaros ou o vento entre as árvores. É o som da urgência, do futuro a ser decidido. Em Belém do Pará, no coração do maior bioma tropical do planeta, cerca de 200 líderes mundiais se reúnem para a COP30. E o Maranhão não veio apenas para assistir. Veio para falar, com a autoridade de quem vive na pele o desafio de equilibrar a geração de renda com a preservação de tudo que nos cerca.
Há dez anos, o mundo assinava o Acordo de Paris. Agora, é a hora da verdade. A hora de olhar nos olhos e perguntar: quem, de fato, cumpriu o compromisso de reduzir emissões de gases de efeito estufa e conter o aquecimento global em até 1,5°C?
O Brasil, ao trazer esta conferência para o território amazônico, assume um peso histórico. E nós, maranhenses, parte vital desta Amazônia Legal, chegamos com políticas públicas eficientes e resultados concretos. Chegamos para mostrar que desenvolvimento e preservação não são inimigos. São dois lados da mesma moeda.
Teremos a oportunidade de debater o futuro dos investimentos sustentáveis no estado, no painel “Maranhão Verde e Sustentável”, que será um diálogo entre governo, setor privado e entidades ambientais. Afinal, estamos construindo uma nova fronteira de investimentos sustentáveis, conectando conservação ambiental, tecnologia e inclusão social. Áreas de destaque incluem bioeconomia e crédito de carbono, restauração de áreas degradadas, biocosméticos, fármacos naturais, sistemas agroflorestais e turismo ecológico.
Levaremos programas como: o Floresta Viva, que recupera áreas degradadas e preserva nascentes; o Paz no Campo, que está dando a milhares de famílias um pedaço de papel que vale mais do que ouro – o título de sua terra; o Terras para Elas, reconhecido pela ONU, que está colocando nas mãos das nossas quebradeiras de coco, das agricultoras, das guardiãs da biodiversidade, a oportunidade de um novo tempo; o Projeto Amazônico de Gestão Sustentável (Pages), que fortalece a agricultura familiar e os povos tradicionais do Maranhão.
Mas e a economia? Ela também está na linha de frente dessa transformação. No Porto do Itaqui, os caminhões já não circulam com o mesmo diesel de antes. Eles operam com Gás Natural Liquefeito, reduzindo em até 25% a emissão de carbono. Em Balsas, o etanol de milho escreve um novo capítulo na nossa história, mostrando que a energia do futuro tem raízes maranhenses. Da cidade de Coroatá ecoa um exemplo de inovação genuinamente nosso. A startup Apoena Bioindustrial apresenta na COP30 as soluções sustentáveis que nascem do babaçu. O mesmo babaçu que sustenta comunidades há gerações, agora vira produto de alto valor, bioeconomia real, gerando renda sem derrubar uma única árvore. A criação da primeira Universidade Indígena em território tradicional, uma ideia que nasceu aqui no Maranhão, ganha novos rumos e está se tornando um programa nacional, no qual estaremos inseridos como protagonistas. Tudo isso, mostraremos na conferência.
Nossa delegação na COP30 é o retrato do Maranhão e está sendo formada, também, por lideranças comunitárias, estudantes, ambientalistas e povos tradicionais. Todos com voz ativa na Cúpula dos Povos – encontro paralelo ao evento principal. E chegamos trazendo a Carta do Maranhão; um documento construído por muitas vozes, que traduz nosso compromisso inegociável com o planeta.
Há desafios. É verdade. Ainda precisamos reduzir o desmatamento e enfrentar os efeitos das mudanças climáticas que atingem nossas comunidades. Mas o que nos move é mais forte. É a vontade política transformada em ação. É a crença de que é possível.
Temos confiança de que a COP30 será lembrada como o encontro em que o mundo olhou para a Amazônia não apenas como floresta, mas como um ponto de convergência entre o desenvolvimento e a sustentabilidade. E nós, maranhenses, estamos ajudando nessa construção com as ferramentas mais poderosas que existem: trabalho, esperança e a certeza inabalável de que cuidar da natureza é, acima de tudo, cuidar da nossa própria gente.
O futuro que sonhamos começa agora. E começa aqui, no coração da Amazônia brasileira.
* Governador do Maranhão
Neste domingo (9) e no próximo 16 de novembro, os ônibus do transporte urbano de São Luís serão gratuitos para os estudantes que farão as provas do Enem. A frota será a mesma programada para dias úteis, segundo a Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT).
O estudante deve usar normalmente o cartão transporte estudantil no validador, porém nenhum crédito será descontado.
As equipes da SMTT estarão nas ruas desde as primeiras horas da manhã, acompanhando o trânsito e fiscalizando o transporte público, para evitar transtornos.
A SMTT determinou que as empresas concessionárias do Sistema de Transporte Urbano de São Luís operem com frota programada para dias úteis, garantindo maior oferta de ônibus e redução do tempo de espera nos terminais e paradas.
Durante os dois dias de aplicação do exame, a partir das 5h, fiscais de transporte e agentes de trânsito atuarão nas garagens das empresas consorciadas, terminais de integração e em pontos estratégicos da cidade, monitorando a regularidade das operações e orientando motoristas e pedestres.
O Centro de Controle de Operações (CCO) acompanhará, em tempo real, o cumprimento das viagens e a execução da frota programada, garantindo o pleno funcionamento do sistema de transporte.
Para assegurar a fluidez e a segurança viária, equipes estarão posicionadas em pontos estratégicos da cidade, especialmente nas proximidades dos principais locais de prova, orientando o tráfego e prestando apoio à população.
Vários grupos de movimentos sociais do Maranhão estão enviando representantes para participar da Cúpula dos Povos que acontece de forma paralela a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30).
A COP 30 inicia nesta segunda-feira, dia 10 novembro, em Belém, a capital do vizinho estado do Pará e prossegue até o dia 21 de novembro.
As reuniões da COP acontecem anualmente com promoção da Organização das Nações Unidas (ONU) e o governo do pais sede com o objetivo de firmar acordos em buscar soluções para o aquecimento global e a mudança climática. Em Belém há delegações de governos de 143 países.
Cúpula dos Povos
A Cúpula dos Povos será realizada no Campus da Universidade Federal do Pará (UFPA), no bairro do Guamá, em Belém, de quarta (12) até o dia 16 de novembro. São esperadas cerca de 10 mil pessoas de diversos países, sendo cerca de 6 mil do Brasil.
É um evento autônomo que acontece paralelo as COPs. É organizado por movimentos sociais, comunidades indígenas, tradicionais, quilombolas e comunidades periféricas das grandes cidades.
O objetivo é dar protagonismo às vozes de quem mais sofre com a crise climática, mas que é menos ouvido, defendendo a justiça climática, direitos territoriais, transição justa e saberes ancestrais.
A base das discussões e a construção coletiva em defesa dos direitos, da justiça socioambiental e de um projeto de sociedade antipatriarcal, anticapitalista e antirracista.
Participação do Maranhão
Vários grupos do Maranhão participam da Cúpula dos Povos em Belém, entre representações de povos indígenas, quilombolas, trabalhadores rurais e movimentos populares urbanos.
Os segmentos ambientalistas que atuam no Maranhão se uniram em torno do Núcleo de Trabalho Amazônico para viabilizar a ida para a COP-30 em Belém. O núcleo reservou um ônibus para conduzir os participantes ambientalistas do Maranhão.
O Fórum Carajás, uma instituição que trabalha os impactos ambientais que acontecem ao longo da Estrada de Ferro Carajás, está com uma equipe na segue junta com o Núcleo de Trabalho Amazônico.
O presidente do Fórum Carajás, Mayron Borges, explica que a Cúpula dos Povos é um espaço para discussão e elaboração de propostas referentes a temas como a exploração petróleo da Amazônia e a necessidade de produção de energias renovarias.
Entre os presentes do Maranhão na Cúpula dos Povos está o Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM) que estará no Fórum de Participação Social (órgão composto de movimentos sociais vinculado à Secretária Geral da Presidência da República).
Com a presença da representação maranhense, o Fórum de Participação Social entregará à representação da COP-30 um documento denominado “Vozes da Amazônia”.
MST Maranhão
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) vai participar da cúpula dos povos com 1.500 pessoas.
O diretor estadual do MST no Maranhão, Jonas Borges, informa que o Maranhão enviará cerca de 200 pessoas em quatro ônibus. O tema central de interesse do MST, na avaliação de Jonas Borges, são os efeitos das mudanças climáticas na produção dos pequenos agricultores e povos tradicionais como quilombolas e indígenas.