Policiamento será reforçado, no interior do Maranhão, nestas eleições 2024

A Secretaria de Estado da Segurança Pública está enviando, nesta segunda-feira (23), o primeiro contingente policial de São Luís para reforçar o policiamento no interior do estado durante as eleições municipais de 2024. A mobilização da tropa aconteceu às 8h30, no Quartel do Comando Geral da Polícia Militar, no Calhau.

O reforço policial é parte do Plano de Atuação Integrada, que envolve todas as forças de segurança do Maranhão – Polícias Militar e Civil, Corpo de Bombeiros, Centro Tático Aéreo, Perícia Oficial, Centro Integrado de Operações de Segurança e Inteligência – e foi elaborado em parceria com o Tribunal Regional Eleitoral.

Na semana do pleito, um novo contingente policial será enviado para reforçar ainda mais as ações, prevenindo e coibindo boca de urna, compra de votos, transporte irregular de eleitores, desobediência a ordens judiciais, além de garantir a segurança das urnas e prevenir crimes eleitorais em áreas remotas, como povoados e terras indígenas.

A atuação também será voltada para o controle de manifestações, bloqueios de vias públicas e fiscalização de crimes como fake news, venda de bebidas alcoólicas em período proibido e uso indevido de celulares nas cabines de votação.

 

 

Corpo de Bombeiros terá nova sede e 656 policias militares são promovidos

O governador Carlos Brandão cumpre, nesta segunda-feira (23), duas agendas visando fortalecer o sistema de segurança pública do Maranhão.

A primeira agenda aconteceu às 10h30, no Palácio dos Leões, no Centro Histórico de São Luís, onde o governador assinou ordem de serviço para a construção da nova sede do Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBMMA).

Durante a solenidade de assinatura da ordem de serviço para a construção da nova sede do CBMMA, o governador Carlos Brandão entregou nove viaturas, no âmbito do Programa Maranhão Sem Queimadas, e nove kits Pick Ups para combate a incêndios florestais no estado.

Ainda nesta segunda-feira (23), a partir das 17h30, Carlos Brandão concede 656 promoções a policiais e bombeiros militares do estado. A cerimônia de promoção de oficiais e praças será realizada no Comando Geral da PMMA, no bairro Calhau, em São Luís. Dos 656 policiais, 621 são militares efetivos da PMMA e 35 do CBMMA.

18ª Primavera de Museus inicia, no Maranhão, com oficina no Convento das Mercês

O Governo do Maranhão está promovendo, nesta segunda-feira (23), uma oficina sobre acessibilidade com a presença de representantes das casas de cultura ligadas ao Estado. O evento, que está sendo realizado no Convento das Mercês, no bairro Desterro, no Centro Histórico de São Luís, marca a abertura da 18ª edição da Primavera de Museus no Maranhão.

A oficina é promovida pelo Cerimonial do Governo do Maranhão e pelo Museu do Palácio dos Leões. Tem incentivo da primeira-dama do Governo do Maranhão, Larissa Brandão, que é engajada na pauta sobre acessibilidade com os projetos Cerimonial Acessível e Museu Acessível.

A formação fortalece o atendimento a pessoas com deficiência nas casas de cultura do Estado. A oficina iniciou às 9h e seguiu até às 12h e das 14h às 17h.

Primavera de Museus

A 18ª Primavera de Museus é um evento que acontece em todo o Brasil com incentivo do Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM), que estabelece uma semana de atividades em todos os museus do país.

Este ano, o calendário de atividades possui como temática “Museus, acessibilidade e inclusão”.

A novidade desta edição é a plataforma  Visite Museus, que permite acompanhar a programação das 930 instituições participantes.

 

 

Começa a primavera, mas o calor continua no Brasil

A primavera, que marca a transição do inverno para o verão, começou no domingo (22), às 9h44, horário de Brasília. Além de multiplicar as flores pelas ruas, a nova estação deve trazer um alívio, também, para a qualidade do ar, trazendo o retorno das chuvas regulares.

Em São Luís, os pés de Ipês estão floridos, em várias cores, no Centro Histórico e em outros pontos da cidade que amanheceu nublada, nesta segunda-feira (23), mas o sol logo domingou os céu.

Este início da primavera ainda deve ser de calor no Brasil, com previsão de novas ondas de calor, principalmente na primeira quinzena de outubro.

Mas ao longo da estação que vai até o dia 21 de dezembro, a expectativa é que as temperaturas voltem para um padrão mais próximo da normalidade para o período.

Segundo Vinicius Lucyrio, meteorologista da Climatempo, os próximos meses devem ser característicos de transição de um padrão mais seco e quente para um calor mais ameno e úmido.

“Vamos passar de uma condição de calor mais extremo e seco para uma condição de temperaturas mais moderada, um calor bem abafado e com umidade alta”, analisa.

Tendência em 2024

Mesmo com a chegada da primavera, o clima ainda é quente no Brasil, com as temperaturas chegando a 44 graus, nesta segunda-feira (23), em Cuiabá, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia do Brasil (INMET). Ainda há cerca de 2 mil focos de queimadas no Brasil, segundo O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)

Ainda no início da primavera, a tendência é de temperaturas altas, bem acima da média. Mas, a média que os meses avançam, o esperado é que os desvios de temperaturas se normalizem.

“Até dezembro ainda tem uma boa condição para temperaturas acima da média. A diferença é que não vai ser tão extremo, como foi no ano passado, por exemplo”, explica Lucyrio. Segundo o meteorologista, é bem improvável que grandes ondas de calor aconteçam nos meses de novembro e dezembro, como aconteceu em 2023.

Boa parte do Centro-Norte e algumas regiões de São Paulo, Paraná e Minas Gerais devem registrar marcas acima da média, principalmente entre outubro e novembro.

Já em dezembro, as temperaturas devem ficar bem mais próximas da normalidade, situação muito diferente do observado no ano passado.

Foto:Capa/José reinaldo Martins): Praça Benedito Leite, em São Luís, 23 de setembro de 0223

Rádio Timbira FM vence Prêmio Sebrae 2024 com reportagem de Cris Sousa e Quecia Carvalho

Em uma noite de emoções e reconhecimento, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Maranhão (Sebrae-MA) reuniu, na última sexta-feira (20), no Multicenter Negócios e Eventos, empreendedores, jornalistas e convidados para a entrega do 11º Prêmio Sebrae de Jornalismo (PSJ) e do Prêmio Sebrae Mulher de Negócios.

Na festa, a Rádio Timbira FM venceu, em primeiro lugar, o Prêmio Sebrae 2024, categoria Jornalismo em Áudio, com reportagem Raízes de Mudança, de Cris Sousa e Quecia Carvalho sobre a vida das mulheres na área rural da Ilha de São Luís.

O diretor geral da Rádio Timbira FM, Robson Júnior, presente na entrega do prêmio, saudou as vencedoras em nome de toda a equipe da Secretária de Estado de Comunicação (Secom) e da Rádio Timbira FM.

Para o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Maranhão, Celso Gonçalo, as premiações celebram a trajetória de grandes profissionais, de empreendedoras brilhantes e reforça o compromisso do Sebrae com o empreendedorismo maranhense.

“Nos sentimos muito felizes por este reconhecimento que o Sebrae presta aos profissionais da imprensa, que são grandes parceiros dos empreendedores do nosso Maranhão. Para nós que fazemos o Sebrae Maranhão, muito nos honra este momento tão feliz. O Sebrae tem o objetivo de melhorar ainda mais a sua atuação, para alcançar ainda mais empreendedores, levando capacitação, orientação e apoio”, explicou Celso Gonçalo.

Abaixo os depoimentos de Cris Sousa e Quecia Carvalho, depois da receberem a premiação.

Quecia Carvalho

“Dia 1º de maio, feriado nacional, Cris e eu decidimos abrir mão de uma folguinha para ir até o Coquilho II, na Zona Rural de São Luís. Nosso destino: conhecer as histórias das ‘Mulheres do Campo’. Como jornalista, foi uma experiência emocionante e única conhecer Maria Antônia, Dona Rosa, Dona Alice e tantas outras mulheres fortes. Foi uma grande responsabilidade contar suas histórias com o respeito e a fidelidade que elas merecem. Ontem, esse esforço foi recompensado: 1º lugar no 11º Prêmio SEBRAE de Jornalismo (categoria áudio)! Para quem não esperava muito e precisou ser sacudida pela Cris, estou imensamente feliz e grata! Obrigada ao SEBRAE Maranhão pelo reconhecimento; à Rádio Timbira, por nos permitir levar ao ar esse material incrível; às Mulheres do Campo, por nos acolherem e compartilharem suas histórias; à minha parceira de coprodução, Crislany Caroline; e, por fim, à minha mãe, por nunca me deixar desistir da Fé que me guia. Ah, e quem quiser conferir o material, está disponível no Spotify!”.

Cris Sousa

“Participar da coprodução do rádio documentário sobre o coletivo de mulheres do campo foi muito desafiador, porque a gente está acostumada a fazer reportagens sobre notícias factuais que acontecem ali no dia a dia e que prestam serviço para a comunidade. Mas quando a gente para ouvir e contar uma história, obedecendo ali requisitos que cumpram tempo, é muito difícil a gente contar a história de vida de várias pessoas, como é o caso do documentário, em pouco tempo, para que também não fique cansativo para o ouvinte ele consiga digerir aquela história ali, acompanhar e conhecer essas mulheres. Eu acho que o nosso papel foi esse, assim, de dar voz ou aumentar a voz dessas mulheres para que cheguem em outras pessoas. Eu entrei no projeto mais como uma coproduitora, como falei no começo, a grande idealizadora foi a KS Carvalho, mas foi muito prazeroso também conhecer a história dessas mulheres da cidade. Da Zona Rural e poder contar para os ouvintes”.

A Reportagem

Um grupo de mulheres da comunidade Coquilho II, localizada na Zona Rural de São Luís, está liderando uma transformação na realidade social das comunidades onde moram.

Com parcerias estratégicas, elas estão reescrevendo suas histórias e fortalecendo o papel feminino na agricultura familiar e no empreendedorismo, através do projeto “Mulheres do Campo em Ação”.

Quecia Carvalho e Cris Sousa foram até a comunidade do Coquilho II para conhecer e compartilhar as histórias das mulheres que têm inspirado tantas mudanças por ali.

As repórteres produziram um rádio documentário que circulou na Rádio Timbira FM.

 

Lula e os quilombolas de Alcântara

* Carlos Brandão

Esta semana vivemos mais um marco histórico para o Maranhão e para o Brasil. A visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Alcântara reafirma o compromisso contínuo do governo federal com o nosso estado. E este encontro, em especial, foi mais do que uma cerimônia formal: representou o diálogo entre progresso, direitos humanos e justiça social.

Com 152 comunidades remanescentes de quilombos, Alcântara abriga, em termos proporcionais, a maior população quilombola do Brasil, conforme o Censo 2022. O reconhecimento desses povos, sua cultura e seus direitos são prioridades que têm norteado nossa gestão e, felizmente, recebe agora o reforço da sensibilidade do presidente Lula, que entende a relevância de fortalecer as raízes históricas e sociais da nossa gente.

Por isso, assinamos o Termo de Conciliação entre o Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) e as comunidades quilombolas, o qual além de garantir títulos de domínio a 3.350 famílias que habitam em comunidades do Território Quilombola de Alcântara, cumpre uma reivindicação histórica de respeito e segurança jurídica às populações tradicionais. Esses direitos são essenciais para que essas comunidades possam manter suas tradições e sustentar sua dignidade. O entendimento pôs fim a 40 anos de disputa em torno do reconhecimento e da titulação do território quilombola próximo ao CLA.

Aproveitamos a oportunidade para autorizar a ordem de serviço para a implantação de uma Unidade Plena do Instituto de Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão – o IEMA Pleno Quilombola de Alcântara, que será instalado na comunidade Mamuna, a mais próxima do Centro de Lançamento. Serão cerca de R$ 30 milhões investidos em uma comunidade que temia ser removida.

O presidente também assinou a Portaria de Reconhecimento do Território Quilombola de Alcântara e a declaração de interesse público para os imóveis e territórios da União localizados na região. Isso significa um avanço significativo no que concerne à proteção dos direitos dos quilombolas e ao processo de regularização fundiária – questões que há muito tempo aguardavam resolução.

A criação da Empresa de Projetos Aeroespaciais do Brasil S.A (Alada), uma empresa pública que posicionará o Brasil de forma competitiva no mercado global de tecnologia aeroespacial, também foi pauta da visita. A Base de Alcântara, já reconhecida por seu potencial estratégico, será parte central nesse avanço, que vai gerar empregos, capacitação e desenvolvimento tecnológico.

Mais uma vez, agradecemos ao presidente Lula por seu olhar sensível, atento às necessidades dos povos originários e às demandas das comunidades quilombolas. Para o nosso governo, esse foi um momento de renovação do compromisso com o futuro do Maranhão, que se desenvolve com inclusão, respeito aos seus povos tradicionais e investimento em ciência, tecnologia e inovação. Nossa parceria com o governo federal continuará trazendo avanços em diversas áreas, sempre com o objetivo de garantir mais qualidade de vida, dignidade e oportunidades para todos os maranhenses.

* Governador do Maranhão

Bolsa Família chega a 1,22 milhão de famílias do Maranhão em setembro

O Maranhão tem, neste mês de setembro, 1,22 milhão de famílias contempladas pelo Bolsa Família, um programa do Governo Federal. O cronograma de pagamentos é, escalonado de acordo com o final do Número de Identificação Social (NIS) e segue até o dia 30.

O valor médio do benefício no estado é de R$ 711,25, a partir de um investimento federal de R$ 870,1 milhões.

Dentro dos valores adicionais previstos no Bolsa Família, o Maranhão tem 561.433 crianças de zero a seis anos contempladas com o Benefício Primeira Infância, que representa um adicional de R$ 150 a cada criança dessa faixa etária na composição familiar. O investimento federal para atender este público chega a quase R$ 82 milhões.

Outros benefícios complementares, todos no valor adicional de R$ 50, chegam a 1 milhão de crianças de sete a 18 anos, a 77.168 gestantes e 28.220 nutrizes no estado. Somados, os pagamentos destes benefícios alcançam R$ 52,9 milhões.

São Luís é o município com maior número de contemplados pelo Bolsa Família no Maranhão em setembro, com 130.210 famílias. Na sequência dos cinco municípios com maior número de beneficiários aparecem Imperatriz (30.785), São José de Ribamar (28.741), Timon (28.341) e Chapadinha (21.350).

Jenipapo dos Vieira, com 3.061 famílias beneficiárias pelo Bolsa Família, é o município maranhense com maior valor médio registrado neste mês: R$ 808,84. Na sequência no estado aparecem Belágua (R$ 796,71), Amarante do Maranhão (R$ 787,93), Fernando Falcão (R$ 781,48) e Arame (R$ 779,52).

Nacional

Em âmbito nacional, o programa registra em setembro 20,71 milhões de famílias contempladas nos 5.570 municípios. O número total de pessoas diretamente beneficiadas é de 54,3 milhões. Com valor médio de repasse de R$ 684,27, o investimento do Governo Federal chega a R$ 14,14 bilhões.

Primeira Infância

Dentro da cesta de benefícios estabelecida com a retomada do Bolsa Família em 2023, 9,3 milhões de crianças de zero a seis anos que integram famílias inscritas no programa recebem neste mês o Benefício Primeira Infância (BPI), um valor adicional de R$ 150. Para isso, serão investidos R$ 1,13 bilhão em recursos federais.

Adicionais de R$ 50

Outros 12,32 milhões de crianças e adolescentes de sete a 16 anos incompletos recebem o Benefício Variável Familiar Criança. Somam-se a eles 3,23 milhões de adolescentes de 16 a 18 anos amparados pelo Benefício Variável Familiar Adolescente. Ambos representam um adicional de R$ 50 a cada integrante da família nessa faixa etária, mesmo valor a mais recebido por 1,2 milhão de gestantes e 416,1 mil nutrizes incluídas nas composições familiares.

Perfil

Como costuma ocorrer no programa de transferência de renda do Governo Federal, 83,4% dos responsáveis familiares são mulheres: 17,28 milhões. Na folha de pagamento de setembro, 1,1 milhão de pessoas pertencem a públicos considerados prioritários, em razão de estarem em situação de maior vulnerabilidade. São 232,7 mil famílias com pessoas indígenas, 264,4 mil com quilombolas, 391,5 mil com catadores de material reciclável e 223,5 mil com pessoas em situação de rua.

Proteção

Outra criação da nova versão do Bolsa Família, a Regra de Proteção permite aos beneficiários permanecerem no programa por até dois anos mesmo depois de conseguirem emprego com carteira assinada ou aumento de renda. Nesse caso, a família recebe 50% do valor. Esse parâmetro atinge, em setembro, 2,64 milhões de famílias.

Regiões

No recorte por unidades da Federação, a região Nordeste reúne o maior número de contemplados em setembro. São 9,38 milhões de beneficiários, a partir de um investimento de R$ 6,4 bilhões. Na sequência aparece a região Sudeste (6,02 milhões de famílias e R$ 4,03 bilhões em repasses), seguida por Norte (2,62 milhões de famílias e R$ 1,88 bilhão em repasses), Sul (1,52 milhão de beneficiários e R$ 1,02 bilhão em repasses) e Centro-Oeste (1,14 milhão de contemplados e R$ 787,2 milhões em repasses).

Estados

Na divisão por unidades federativas, o maior número de contemplados em setembro está em São Paulo. São 2,5 milhões de famílias beneficiárias no estado, a partir de um aporte federal de R$ 1,67 bilhão. A Bahia aparece na sequência, com 2,45 milhões de contemplados. Em outros seis estados há mais de um milhão de integrantes no programa: Rio de Janeiro (1,63 milhão), Minas Gerais (1,58 milhão), Pernambuco (1,57 milhão), Ceará (1,45 milhão), Pará (1,34 milhão) e Maranhão (1,22 milhão).

 

Lula assina acordo de conciliação entre quilombolas e a Base de Alcântara

Moradores de comunidades quilombolas de Alcântara, município maranhense a cerca de 90 km da capital, São Luís, foram beneficiados com um acordo histórico assinado nesta quinta-feira (19), pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que garante títulos de domínio a 3.350 famílias que habitam comunidades do Território Quilombola de Alcântara. A solenidade de assinatura do termo de conciliação, compromissos e reconhecimentos recíprocos relativo ao Acordo de Alcântara, foi realizada na praça da matriz da cidade e contou com a presença de ministros de Estado, parlamentares e do governador do Maranhão, Carlos Brandão.

O acordo atende a uma reivindicação antiga de comunidades quilombolas e, segundo o governo federal, o termo de conciliação encerra os conflitos de terra entre o Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) e os territórios quilombolas do município. O entendimento pôs fim a 40 anos de disputa em torno do reconhecimento e da titulação do território quilombola contíguo ao CLA.

“A história de Alcântara mudou e a história do povo de Alcântara vai mudar. Agora que nós conseguimos regularizar as centenas de comunidades, temos a obrigação de dar sequência à titularização assinada hoje”, afirmou o presidente Lula.

O acordo vai permitir a titulação de uma área de 78.105 hectares como território quilombola e prevê que as comunidades declarem sua concordância com o funcionamento do CLA na área de 9.256 hectares onde está instalado.

Nas entregas as famílias quilombolas foram contempladas com as assinaturas da portaria de reconhecimento, do decreto de interesse social e outros instrumentos que irão ajudar na agilidade para a titulação do território. Alcântara é o município brasileiro com a maior proporção de população quilombola do país, com 84,6% dos moradores autodeclarados.

O primeiro ato do presidente Lula em Alcântara, entretanto, foi a assinatura da mensagem ao Congresso Nacional, que encaminha o Projeto de Lei que cria a Alada, empresa pública destinada ao desenvolvimento de projetos e de equipamentos aeroespaciais. “É motivo de muita alegria saber que o Brasil e o mundo estão voltados para Alcântara”, pontuou Carlos Brandão.

IEMA Quilombola

Durante a cerimônia, o governador do Maranhão autorizou a ordem de serviço para a implantação de uma Unidade Plena do Instituto de Estadual de Educação Ciência e Tecnologia do Maranhão – o IEMA Pleno Quilombola de Alcântara.

O anúncio foi feito após o presidente Lula, Brandão e as comitivas federal e estadual, sobrevoarem áreas quilombolas onde estão localizadas as agrovilas de Marudá e Papital. Na sequência, Lula e o governador visitaram famílias que moram na comunidade quilombola de Mamuna, onde será instalado o IEMA Quilombola.

“Não posso deixar de anunciar aqui na comunidade Mamuna que vamos hoje autorizar uma ordem de serviço para a construção de uma escola técnica profissionalizante no valor de R$ 30 milhões para que os filhos de vocês tenham um futuro garantido”, informou Carlos Brandão.

A comunidade quilombola de Mamuna é a que está mais próxima do CLA e, portanto, a que tinha o maior medo de remoção com a ampliação do Centro. Em 1980, ao menos 312 famílias, de 32 comunidades, foram realocadas de forma compulsória, em um processo que se tornou um dos casos mais emblemáticos da causa quilombola no país.

“O que a gente esperava era ter o documento da terra. Queriam tirar a gente daqui e não sabiam nem onde colocar. Sem ter o documento a gente estava ‘jogado’. É uma alegria tão forte que a gente tem no coração. Com essa regulação a gente está se sentindo muito feliz”, comemorou Célia Diniz, aposentada que mora no quilombo de Mamuna.

 

Vitória após 40 anos de luta

As comunidades quilombolas que foram obrigadas pelo poder público a desapropriar seus territórios de origem passaram a viver nas agrovilas, o que comprometeu suas identidades cultural e econômica, gerando perdas, prejuízos e insegurança aos deslocados. Atualmente as comunidades remanejadas de seu território estão reunidas nas agrovilas de Peru, Pepital, Ponta Seca, Cajueiro, Só Assim, Espera e Marudá.

O pescador Iran de Deus mora em Mamuna e é filho da moradora mais antiga da comunidade. Para ele, as quatro décadas de luta pelo direito à terra valeram a pena. “Foi uma grande vitória conseguir a titulação dessas terras. A vinda do presidente foi muito boa e importante para gente, ele pode conhecer nosso dia a dia. Aqui vivemos da pesca, da caça e da mandioca. São 40 anos de luta e conseguimos”, disse Iran.

A assinatura do termo de conciliação, compromissos e reconhecimentos recíprocos representa o fim das ameaças de novos deslocamentos forçados, devido à expansão do CLA.

A agenda do presidente Lula em Alcântara contou com a participação de ministro da AGU, Jorge Messias; do ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira; da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco; do ministro das Comunicações, Juscelino Filho; do ministro do Esporte, André Fufuca; da ministra dos Direitos Humanos e Cidadania, Macaé Evaristo;  do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Reynaldo Soares da Fonseca; do desembargador do TRF1, Carlos Augusto Pires Brandão, além da presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão (Alema), Iracema Vale; do presidente do TJ/MA, José Froz Sobrinho e do presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Alcântara, Aniceto Araújo Pereira, além de deputados estaduais e federais.

 

Horário de verão pode retornar, neste ano, no Brasil

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) recomendou, nesta semana, a volta da adoção do horário de verão no Brasil. No entanto, o governo federal ainda irá avaliar o cenário, antes de optar pela medida.

De acordo com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, uma decisão deve ser tomada nos próximos dez dias. Se for adotada, a medida valeria ainda para 2024, não necessariamente em todo o verão.

As declarações do ministro foram dadas após a reunião da ONS em que foi aprovado um indicativo de que é prudente adotar o horário de verão. “Temos hoje uma política de planejamento do setor elétrico muito alicerçada na ciência e na busca do equilíbrio entre segurança energética e melhor tarifa para a população. E com base nisso, vamos analisar a situação”, disse Silveira.

Alexandre Silveira disse que, apesar da indicação da ONS, não há risco energético em 2024 graças ao planejamento adotado. Por isso, a adoção do horário de verão ainda será melhor avaliada.

No entanto, o ministro destacou que é preciso pensar a longo prazo, com o olhar em 2025 e 2026. Ele afirmou que ainda não está convencido e que é necessária serenidade para avaliar alternativas e conversar com os setores interessados, antes de avançar na discussão.

De acordo com o ministro, se fosse um indicativo que apontasse diretamente para risco energético, não haveria nenhuma dúvida na adoção do horário de verão. “Obviamente, dando prazo necessário ao planejamento dos diversos setores da economia e da sociedade”, ponderou.

O ministro ressaltou, no entanto, que a opinião dos variados segmentos econômicos interessa exclusivamente para fins de planejamento. “Queremos dialogar não para nos ajudar a decidir. É para poder entender melhor qual seria o prazo de planejamento de setores estratégicos nacionais. A decisão deve ser baseada no planejamento e na ciência. O gestor tem que ter a coragem de tomar certas medidas, independente de agradar ou desagradar algum setor”.

Silveira apontou o horário de verão como uma medida que contribui para a sustentabilidade energética e citou o Canadá como exemplo de outro país que adota o mecanismo.

Instituído em 1931 no Brasil, o horário de verão funcionou continuamente de 1985 até 2019, quando o governo passado decidiu revogá-lo, em abril de 2019, alegando pouca efetividade na economia energética.

“Foi uma imensa irresponsabilidade sem nenhuma base científica. Consequentemente, em 2021, nós estivemos à beira do colapso energético no Brasil. Custou ao povo brasileiro um empréstimo de mais de R$ 5 bilhões para enfrentar a escassez híbrida. Naquela época, subiu mais de 20% a conta de energia. Vivemos um período de negacionismo no Brasil em todos os sentidos”, disse Silveira.

Segundo Silveira, é preciso levar em conta não só as demandas de transmissão, mas também o ritmo de geração. “Alguns técnicos vão dizer que o horário de ponta não é mais entre 18h e 21h e sim entre 14h e 16h. Realmente, entre 14h e 16h, há maior exigência do ponto de vista da transmissão. Porém, nesse período, nós estamos no pico da geração das energias renováveis, como a energia solar”.

 

VEJA TAMBÉM

Piloto de Imperatriz representará o Maranhão no Campeonato Latino-Americano de Motovelocidade

Confirmadas atrações para o Réveillon do Maranhão 2025

Natal do Maranhão 2024 começa dia 1º de dezembro