São Luís sediará a 4ª Feira Nordestina da Agricultura Familiar e Economia Solidária (Fenafes) e a 3ª Feira Maranhense da Agricultura Familiar (Femaf), a partir da próxima quarta-feira (26) até o dia 29 deste mês, na área da Lagoa da Jansen, próximo à Arena Domingos Leal, em São Luís.
A organização é do Governo do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura Familiar (SAF) e parceiros internacionais, nacionais, federais, estaduais e municipais.
O destaque são as exposições de venda de produtos da agricultura familiar do Maranhão e do Nordeste.
Durante as duas feiras haverá o 3º Concurso da Melhor Farinha d’Água, o Troféu Babaçu, shows e oferta de diversos serviços gratuitos para a população em áreas como saúde, produção agrícola, cidadania e cultural.
O público terá acesso a novas tecnologias da agricultura familiar e vivenciará as riquezas culturais e naturais de comunidades tradicionais e assentamentos da reforma agrária.
A programação contará com oficinas, capacitações, festivais gastronômicos, exposições de equipamentos, serviços ao cidadão e apresentações artísticas, fortalecendo a troca de experiências e a valorização da cultura local.
A expectativa é da presença de 50 mil pessoas durante os 4 dias dos dois eventos.
Esta será a terceira realização da Femaf, evento que já faz parte do calendário oficial de São Luís e com grande participação do público durante toda programação.
O secretário de Estado da Agricultura Familiar, Bira do Pindaré, explica que as feiras representam um momento de confraternização. “Ao longo dos quatro dias, o público terá acesso a alimentos do campo, a serviços, cultura e tecnologia rural. É um evento de esperança, dignidade e valorização da nossa gente”, destacou.
A programação completa está sendo divulgada nos canais oficiais da SAF: site www.saf.ma.gov.br e perfil do Instagram: @sistemasafma).
Fenafes
A Fenafes reunirá delegações dos nove estados do Nordeste: Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia.
São cerca de 330 expositores, entre outros participantes que vão promover encontro de culturas, sabores e saberes.
Entre itens em exposição, produtos do campo, artesanato e gastronomia típica, em um espaço que celebra a diversidade, a inovação e a identidade nordestina.
É uma feira que integra o Circuito Nordestino de Feiras da Agricultura Familiar, promovido pelo Consórcio Nordeste. A realização é do Governo do Maranhão, por meio da SAF, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) e o Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte (MEMPO).
Atrações culturais
A programação cultural vai reunir grandes nomes da música nacional, como Diogo Nogueira, Juliana Linhares, Pinduca e Roberta Miranda.
Entre os artistas maranhenses destaque para Nivaldo Santos, Andreia Frazão, Feijoada Completa, Anastácia Lia, Trio Mulundus, Wilson Zara, Os Tropix, Baré de Casco, Núbia, Luciana Pinheiro e Victor Cena.
As manifestações culturais tradicionais também estarão presentes, com apresentações do Bumba-meu-boi de Axixá e Santa Fé, Tambor de Crioula Mestre Felipe e Cacuriá Balaio de Rosas.
3º Concurso da Melhor Farinha d’Água
Entre as atrações mais esperadas está a 3ª edição do Concurso da Melhor Farinha d’Água do Maranhão, que valoriza os produtores e produtoras locais e incentiva práticas sustentáveis na produção artesanal de farinha, símbolo da cultura alimentar maranhense.
Nesta edição, serão distribuídos R$ 21 mil em prêmios, sendo R$ 12 mil para o primeiro lugar, R$ 6 mil para o segundo e R$ 3 mil para o terceiro, além de troféus que reconhecem o talento e a dedicação dos participantes.
Troféu Babaçu
Outro momento especial será a entrega do Troféu Babaçu do Maranhão, promovido pela SAF, em homenagem a pessoas, projetos e instituições que se destacam na promoção da agricultura familiar, da economia solidária e do desenvolvimento rural sustentável.
O prêmio simboliza a força das raízes maranhenses, representadas pelo babaçu, fruto que traduz resistência, trabalho e a riqueza cultural das comunidades do campo.
O Porto do Itaqui, em São Luís, vem se posicionando entre os mais importantes e eficientes do Brasil.
A presidente do Porto do Itaqui, Oquerlina Costa, afirma que várias ações posicionam o Maranhão a um desenvolvimento sustentável e o Porto do Itaqui segue esta estratégia.
A partir de uma gestão estratégica, o Porto do Itaqui registrou o maior crescimento em movimentação de cargas entre os portos do Nordeste no período de janeiro a agosto de 2025, um progresso de 8,45% em relação ao ano anterior.
Segundo dados da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), este avanço contribuiu para o aumento de 1,14% no número total de cargas dos portos nordestinos que, juntos, movimentaram 213,9 milhões de toneladas, o maior volume de movimentação de cargas desde 2021.
Atrativo econômico sustentável
Oquerlina Costa destaca o Plano de Descarbonização do Itaqui, iniciativa desenvolvida nos últimos anos que coloca o estado na rota da transição energética e reforça o compromisso com a redução das emissões e a inovação ambiental.
A gestora pública inclui o Porto do Itaqui como um grande ativo econômico, estrategicamente posicionado e com grande potencial de expansão. Ela incluiu como um dos maiores desafios o de promover mudanças de hábitos e processos dentro das operações portuárias, envolvendo colaboradores, arrendatários, acionistas e parceiros. “Quando caminhamos juntos, o desafio deixa de ser um obstáculo e se torna uma evolução coletiva”, ressalta.
Em relação ao fortalecimento da infraestrutura verde, a presidente pontuou que a maior parte da pegada de carbono do Porto do Itaqui está diretamente ligada às emissões das embarcações que operam no terminal. Por isso, o porto vem intensificando articulações e alinhamentos com operadores logísticos para atrair navios, rebocadores, caminhões e veículos movidos por fontes alternativas de energia. A iniciativa acompanha movimentos internacionais, como os projetos globais de desenvolvimento de navios verdes, que já vêm sendo estudados por empresas como a Transpetro.
Para Oquerlina, essa transformação exige a reformulação gradual da infraestrutura portuária para receber embarcações de novas gerações, com padrões mais rígidos de eficiência energética e menor impacto ambiental. “É um caminho desafiador, mas inevitável. A modernização da infraestrutura é parte central do processo de descarbonização do Itaqui”, reforça.
O porto do Itaqui é administrado pela Empresa Maranhense de Administração Portuária (EMAP), um órgão público do Governo do Maranhão. A EMAP é responsável, também, pelos terminais delegados da Ponta da Espera e Cujupe e o Cais do município de São José de Ribamar.
A revisão da Lei de Zoneamento de São Luís está em debate há mais de dois anos. Enquanto isso, cidades vizinhas como São José de Ribamar e Imperatriz já atualizaram suas legislações e hoje operam com regras mais claras e previsíveis.
Desde agosto de 2023, o texto apresentado pela prefeitura tramita no Conselho da Cidade (Concid), etapa obrigatória definida pelo Estatuto da Cidade. Mas o avanço tem sido lento: a minuta é altamente técnica, e parte dos conselheiros não possui formação urbanística, o que prolonga debates e revisões.
O texto incorpora parâmetros urbanísticos usados em grandes metrópoles — cidades com densidade, geografia, mobilidade e comportamento urbano muito diferentes, o que pode gerar distorções e aumentar o custo da moradia.
A nova minuta reduziria essa possibilidade e passaria a exigir pagamento para pavimentos extras, o que deve elevar o preço do metro quadrado e, com isso, dificultar o acesso à moradia em áreas centrais. Em contraste, municípios que já modernizaram suas leis garantiram a segurança jurídica necessária para atrair investimentos.
A proposta de São Luís deve seguir agora para a fase de audiências públicas, etapa decisiva para ajustes antes de sua votação final na Câmara Municipal.