O primeiro Centro de Referência Especializado de Atenção Integral a Saúde da Pessoa Idosa do Maranhão completou neste mês de março 1 no de existência. O Creaispi é destinado a pessoas idosas a partir dos 60 anos, residentes nos municípios São Luís, Paço do Lumiar, São José de Ribamar e Raposa. O equipamento fica em São Luís, onde funcionava o Centro Social Urbano (CSU) do bairro da Cohab, e funciona de segunda à sexta-feira das 8h às 18h.
Reportagem Renato Júnior
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O número de mulheres empregadoras cresceu 30% entre os anos de 2021 e 2022. Mas a maioria das donas de negócios (87%) continua atuando sozinha em seus empreendimentos. É o que mostra estudo feito pelo Sebrae a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), do IBGE.
Reportagem Quecia Carvalho
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Uma força-tarefa foi mobilizada para auxiliar vítimas das fortes chuvas e enchentes. Integrantes do Comitê Gestor de Prevenção e Assistência às Populações Vítimas das Chuvas detalharam as ações emergenciais já adotadas e novas medidas para salvar vidas.
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O Centro Cultural Vale Maranhão (CCVM) exibe, virtualmente, a partir desta sexta-feira (17), às 16h, a Mostra Dança Aqui, com sete videodanças aprovadas no edital homônimo lançado em 2022. As produções permeiam variados estilos de dança – contemporâneo, danças afro e danças urbanas -, trazendo temas da atualidade, como diversidade religiosa, ancestralidade, arte queer, entre outros.
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O evento, promovido no auditório da Defensoria Pública do Estado do Maranhão (DPE-MA), marcou o Dia Nacional das Tradições das Raízes de Matrizes Africanas e Nações do Candomblé, 21 de março. Com o acordo, o papel da Escola de Governo será levar cursos, palestras, entre outras atividades de conscientização e letramento racial, para os servidores estaduais e municipais do Maranhão. A ideia é preparar esse público para a promoção da igualdade e enfrentamento ao preconceito, à discriminação de gênero e à intolerância religiosa, contra povos e comunidades tradicionais de matriz africana e afro-brasileira.
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Reportagem: Daniel Amorim
17/3/2023
Reportagem: Mariana Lemos / Agência Brasil de Fato
15/12/2022
Reportagem: Mariana Lemos / Agência Brasil de Fato
O Grupo Sipal, gigante do agronegócio que teve contas bancárias bloqueadas por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF) por suposto envolvimento em atos golpistas, obteve R$ 22,5 milhões em empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para comprar caminhões dois meses antes da eleição.
Sete caminhões com as mesmas características dos comprados foram registrados em relatório do governo do Distrito Federal por estarem estacionados em frente ao quartel general do Exército enquanto eram realizadas manifestações contra o resultado das eleições.
O governo distrital identificou 234 caminhões presentes em manifestações em Brasília. A íntegra do documento foi revelada pelo site Metrópoles na semana passada.
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No documento, estão listadas as placas dos veículos. Com base nelas, é possível verificar que todos os caminhões vinculados à Sipal eram fabricados pela Mercedes-Benz, de modelo 2022 e registrados em Francisco Beltrão (PR), onde fica uma filial do grupo cujas contas foram bloqueadas por ordem do STF.
Em agosto, mês em que o presidente Jair Bolsonaro (PL) lançou sua campanha à reeleição, o BNDES liberou R$ 22,5 milhões à Sipal, em cinco operações, intermediadas pelo banco Mercedes-Benz. O banco opera basicamente financiando vendas da Mercedes, montadora dos caminhões da Sipal vistos em atos golpistas.
A Sipal confirmou que comprou caminhões da Mercedes com dinheiro do BNDES. Não deu detalhes sobre quantos. Afirmou, porém, que nenhum dos caminhões comprados com recursos disponibilizados pelo banco público foram enviados pela empresa à Brasília.
A empresa, aliás, informou que somente um caminhão registrado em nome do grupo esteve em Brasília, diferentemente do registrado pelo governo do DF. A empresa também informou que esse caminhão não foi enviado por ela. O veículo, segundo a Sipal, já havia sido vendido quando esteve na capital. A documentação dele é que não havia sido regularizada.
O STF determinou o bloqueio de contas da Sipal e outras empresas e pessoas porque, entre outras coisas, elas estariam envolvidas no envio de 115 caminhões a Brasília “com fins de rompimento da ordem constitucional – inclusive com pedidos de ‘intervenção federal’, mediante interpretação absurda do art. 142 da Constituição Federal”.
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O Grupo Sipal foi fundado em 1970, tem mais de mil funcionários e sede em Curitiba, no Paraná. No Estado, ele realiza operações portuárias no Porto de Paranaguá e controla armazéns de grãos em diferentes cidades. O grupo também tem armazéns de grãos e uma destilaria de álcool em Mato Grosso.
Por conta disso, ela considera-se uma das maiores empresas do agronegócio Brasil. Reportagens sobre a Sipal indicam que ela vem faturando mais de R$ 10 bilhões por ano.
O próprio BNDES considera a empresa de “grande porte”. Levando isso em consideração, o banco emprestou, via agentes parceiros, R$ 119 milhões ao Grupo Sipal só neste ano, incluindo os financiamentos a caminhões. Ao todo, foram 18 operações, com média de R$ 6,6 milhões cada.
Dívida com a União
O Grupo Sipal tem diferentes empresas, cada uma com um Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ). A decisão do STF, proferida pelo ministro Alexandre de Moraes, cita somente um deles (02.937.632/0017-79), da filial de Francisco Beltrão.
Essa filial tem nove sócios e administradores, quase todos ligados à família Scholl. Um dos citados no quadro societário é Willian Scholl.
Willian Scholl também é um dos dois sócios da Sipal SA Indústria Comércio e Agropecuária (CNPJ 83.297.663/0001-47). Essa empresa deve mais de R$ 211 milhões à União, segundo a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, vinculada ao Ministério da Economia.
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O outro sócio da Sipal SA é Wagner Scholl, o qual também tem participação em empresas do grupo Grupo Sipal, como a Centro Sul, Usimat e Tirolesa.
Procurado, o Grupo Sipal não comentou a decisão do STF que cita a empresa. Informou também que não tem relação com a empresa Sipal SA, devedora da União.
A empresa também informou que segue trabalhando normalmente e que a decisão do STF não afetou em nada suas operações.
O BNDES informou que, do ponto de vista financeiro, os empréstimos à Sipal “transcorrem dentro da normalidade”. “Na época em que foram realizadas, o cliente estava com todas as condições prévias atendidas”.
O banco informou que não pode financiar empresas que não comprovem regularidade fiscal perante a União. Informou que, em operações realizadas com intermediação de agentes financeiros, clientes precisam apresentar a Certidão Negativa de Débitos (CND) ou Certidão Positiva com Efeitos de Negativa (CPEND), expedida pela Receita ou Procuradoria-Geral da Fazenda.
O BNDES ressaltou que, pelo fato de a Sipal SA Indústria Comércio e Agropecuária (CNPJ 83.297.663/0001-47) não fazer parte do contrato de financiamento firmado com o banco, a regularidade fiscal dessa empresa não foi avaliada.
O banco não comentou o suposto envolvimento da Sipal em atos antidemocráticos. Ressaltou, porém, que “acompanha os processos envolvendo seus clientes”. “Caso confirmadas irregularidades no uso dos recursos emprestados, o banco adota procedimentos previstos em seus contratos e seus normativos”, declarou.
O BNDES não deu detalhes sobre os financiamentos concedidos à Sipal alegando sigilo empresarial. Confirmou que, em 2022, a empresa obteve financiamentos por meio das linhas BNDES Finame Ônibus e Caminhões e BNDES Finame Materiais.
Procurado, o banco Mercedes-Benz não respondeu.
O relator especial da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Tóxicos e Direitos Humanos, Marcos A. Orellana, falará ao Senado na próxima terça-feira (22) durante audiência pública sobre o “PL do Veneno”. O emissário foi convidado pelos parlamentares da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA), onde tramita atualmente o Projeto de Lei (PL) 1459/2022.
A proposta, que modifica o marco legal sobre pesticidas no Brasil e facilita o registro desse tipo de produto, está sob a alçada do Senado desde junho deste ano, após aprovação na Câmara dos Deputados.
O texto tem alta impopularidade, especialmente entre segmentos do campo, ambientalistas e outros especialistas que alertam para os riscos do consumo de agrotóxicos. A proposta figura entre os destaques da agenda defendida pela bancada ruralista e é de autoria do ex-senador e ex-ministro da Agricultura Blairo Maggi, filiado ao PP, um dos expoentes da elite agrária nacional.
A audiência do dia 22 foi solicitada pelos senadores Paulo Rocha (PT – PA), Zenaide Maia (Pros-RN), Jean Paul Prates (PT-RN), Eliziane Gama (Cidadania-MA), Dário Berger (PSB-SC) e Acir Gurgacz (PDT-RO). O evento deve contar também com a presença de representantes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do Ministério da Agricultura (Mapa) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
O agendamento da sessão tem como pano de fundo o ímpeto da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA), que tenta fazer o PL avançar na Casa, e também as manifestações já feitas pela ONU a respeito do tema. Em junho deste ano, por exemplo, uma nota de especialistas do organismo chegou a pedir ao Senado que rejeitasse o PL 1459.
O grupo destacou, na ocasião, que a eventual aprovação seria um retrocesso ambiental no país, que já vem acumulando uma série de problemas na área de meio ambiente, especialmente nos últimos quatro anos. Entre outras pontos, a ONU afirmou, no documento, que é falsa a ideia de que a adoção de agrotóxicos seja necessária à alimentação do planeta.
O relator
Dedicado ao tema das consequências causadas pela gestão ambientalmente correta e pelo descarte de substâncias e resíduos perigosos, Marcos A. Orellana tem atuação focada na área de direitos humanos. A expectativa é de que, ao participar da audiência, ele aponte aspectos que permeiam a utilização de agrotóxicos, como é o caso do risco que oferecem para o lençol freático, a produção de alimentos saudáveis e as comunidades que vivem no seu entorno.
O relator já se pronunciou criticamente a respeito do assunto em outros momentos. Em entrevista concedida ao Brasil de Fato em junho deste ano, ele destacou, por exemplo, que o “Pacote do Veneno” pode se tornar uma das legislações mais permissivas do mundo aos agrotóxicos, qna comparação do Brasil com os demais membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
“Não há dúvida de que foi feito sob medida para os interesses de um poderoso lobby agroindustrial, em detrimento dos direitos básicos de todos à saúde, à integridade física e ao meio ambiente saudável”, afirmou Orellana.
Reportagem: Cristiane Sampaio / Agência RádioWeb
21/11/2022
Com o tema “Cuidar de Todos é Cuidar da Saúde Animal – Uma Só Saúde, Um Só Cuidado”, o Governo do Maranhão inicia, no sábado (30), a Campanha Estadual de Vacinação Antirrábica Animal 2025.
A campanha oferece vacinação antirrábica e consultas para cães e gatos, além do encoleiramento e testes rápidos de leishmaniose (calazar) para cães.
A abertura acontece durante ação especial, que será realizada das 8h às 16h, no Centro Educa Mais São José de Ribamar (Rua Olho d’Água, s/nº, bairro: Vieira).
As vacinas são de dose única e têm como público-alvo cães e gatos com idade mínima de 3 meses. Os animais devem ser vacinados anualmente.
A campanha estadual inicia na segunda-feira (1º) e prossegue até o dia 30 de setembro deste ano. Neste período acontece o Dia D de Mobilização (28 de setembro), quando se celebra o Dia Mundial de Luta Contra a Raiva.
Atendimentos 2022 a 2025
Com o Cuidar de Todos Saúde Animal, a Secretaria de Estado da Saúde já realizou 24.506 atendimentos, entre 2022 e 2025, sendo 3.301 este ano.
Entre 2019 e 2024, foram confirmados casos da doença em várias espécies no Maranhão, incluindo um caso humano relacionado a animal silvestre.
Ações
Para garantir o sucesso da campanha, o Governo do Maranhão adotará um conjunto de ações integradas.
Estão previstas capacitações virtuais para gestores e equipes municipais, abordando manejo de insumos, técnicas de aplicação, biossegurança, registro e comunicação.
Será realizado um Seminário Estadual em alusão ao Dia Mundial de Luta Contra a Raiva, reunindo especialistas e parceiros para discutir estratégias de controle e reforçar o conceito de “Uma Só Saúde”.
Municípios
Aos municípios, o Governo do Maranhão recomenda a realização de palestras, rodas de conversa, oficinas educativas, distribuição de materiais informativos e parcerias com escolas, ONGs e universidades.
Os municípios, também, são orientados a intensificar a vacinação por meio de postos fixos e equipes volantes em áreas urbanas, mutirões em zonas rurais e periurbanas.
A orientação é que as prefeituras façam buscas ativas, com vacinação casa a casa, principalmente em locais com baixa cobertura, sempre acompanhada de ações educativas e de mobilização social.
O que é raiva?
A raiva é uma zoonose de alta letalidade e um dos principais desafios de saúde pública no Brasil e no mundo.
É uma doença viral grave, incurável e quase sempre fatal, que afeta o sistema nervoso de mamíferos, incluindo cães, gatos, morcegos, bovinos e humanos, sendo transmitida principalmente pela mordida, arranhadura ou lambida de animais infectados.
O vírus migra para o cérebro e glândulas salivares, causando problemas neurológicos. A prevenção é feita pela vacinação de animais e humanos, e a doença deve ser tratada como uma emergência de saúde pública.
A Seleção Brasileira Masculina de Futebol, já classificada para Copa do Mundo de 2026, no Canadá, México e Estados Unidos, entrará em campo repleta de novidades nos dois últimos jogos das Eliminatórias (17ª e 18ª rodadas).
O técnico Carlo Ancelotti anunciou, na tarde desta segunda-feira (25), na sede da CBF no Rio de Janeiro, a lista dos 25 convocados, e 10 deles ganharam a primeira chance na de treinar sob comando do italiano.
Entre as novidades estão os meio-campistas Lucas Paquetá (West Ham) e Joelinton (Newcastle) e os atacantes João Pedro (Chelsea, Kaio Jorge (Cruzeiro) e Luiz Henrique (Zenit). Além de Kaio, artilheiro do Brasileirão (15 gols), apenas outros três atuam no futebol nacional: o goleiro Hugo Souza (Corinthians), o lateral-esquerdo Alex Sandro (Flamengo) e o zagueiro Fabrício Bruno (Cruzeiro).
Falando em Português, o técnico italiano Carlo Ancelotti explicou a ausência da convocação do jogador Neymar, do Santos. “Neymar teve um problema físico na última semana”, justificou.
Jogos das Eliminatória da Copa do Mundo 2026
A Seleção Brasileira fecha a participação nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026 com os jogos contra Chile e Bolívia.
A primeira partida, contra o Chile, será diante da torcida, no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, o palco mais tradicional do futebol brasileiro, no dia 4 de setembro, às 21h30.
A última rodada será no dia 9 de setembro, no Estádio Municipal de El Alto, localizado na cidade de El Alto, no departamento de La Paz, a capital da Bolívia.
Convocados
Goleiros
Alisson (Liverpool)
Bento (Al-Nassr)
Hugo Souza (Corinthians)
Defensores
Alexsandro (Lille)
Alex Sandro (Flamengo)
Caio Henrique (Monaco)
Douglas Santos (Zenit)
Fabrício Bruno (Cruzeiro)
Gabriel Magalhães (Arsenal)
Marquinhos (Paris Saint-Germain)
Vanderson (Monaco)
Wesley (Roma)
Meio-campistas
Andrey Santos (Chelsea)
Bruno Guimarães (Newcastle)
Casemiro (Manchester United)
Joelinton (Newcastle)
Lucas Paquetá (West Ham)
Atacantes
Estevão (Chelsea)
Gabriel Martinelli (Arsenal)
João Pedro (Chelsea)
Kaio Jorge (Cruzeiro)
Luiz Henrique (Zenit)
Matheus Cunha (Manchester United)
Raphinha (Barcelona)
Richarlison (Tottenham)
Enquanto homens jovens são os que mais morrem, as mulheres jovens são as principais vítimas de agressões. Isso é o que aponta o “1º Informe epidemiológico sobre a situação de saúde da juventude brasileira: violências e acidentes”, realizado por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), uma instituição vinculada ao Ministério da Saúde.
O estudo da Fiocruz ainda revelou que, na juventude, a desigualdade racial é mais acentuada: jovens negros representam 73% dos óbitos por causas externas na juventude (o que totalizou 61.346 mortes em 2022/2023).
As causas externas são situações como violência e acidentes.
Negros e jovens pessoas com deficiência sofrem mais
Os jovens pretos e pardos representam mais da metade (54,1%) das vítimas jovens notificadas com vítimas de violência. O risco de morte por causas externas entre jovens homens negros chega a 227,5 para cada 100 mil habitantes. Este índice é 22% maior do que a taxa do conjunto da população jovem (185,5), e mais do que 90% maior que a taxa de mortalidade de jovens homens brancos e amarelos.
A diferença é ainda mais acentuada nos mais jovens, entre 15 a 19 anos. As taxas de mortalidade por causas externas para negros (161,8 óbitos para cada 100 mil habitantes) e indígenas (160,7) são praticamente o dobro das taxas para brancos (78,3) e amarelos (80,8).
Os jovens/pessoas com deficiência foram 20,5% das notificações de violências no SUS. Na população geral, as vítimas com deficiência representam 17,6% do total. Os tipos de deficiências mais vitimadas foram relacionados à saúde mental: transtorno mental e de comportamento e deficiência intelectual.
“O direito à vida tem sido uma bandeira dos movimentos juvenis contemporâneos, exatamente pelo fato de que a juventude tem sido o segmento bastante afetado pela violência letal”, afirma o coordenador da Agenda Jovem Fiocruz, André Sobrinho. “É preciso seguir apontando os dados alarmantes e, mais que isso, afetar as causas que têm a ver em como a sociedade vê os jovens e a ausência de políticas públicas que garantam a proteção dessa população”.
Pessoas com deficiência
Além disso, a pesquisa apontou que jovens pessoas com deficiência (PCDs) constituem um quinto das notificações de violências no Sistema Único de Saúde (SUS).
Pesquisa
O levantamento é o primeiro de um ciclo de informes epidemiológicos sobre a situação de saúde das juventudes que os pesquisadores da Agenda Jovem Fiocruz (AJF) e da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) planejam lançar em 2025. Foram usadas as bases de dados do SUS e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2022 e 2023.
“É extremamente necessário trazer dados e reflexões sobre como a violência se apresenta de maneira distinta em relação à idade, gênero, raça e localização geográfica. Isto ajuda a compreender como agressões e acidentes são associados às condições de vida e trabalho das juventudes brasileiras”, destaca a pesquisadora da EPSJV/Fiocruz, Bianca Leandro.
A morte violenta atinge mais os jovens do sexo masculino, cuja taxa de mortalidade é oito vezes maior do que a das mulheres jovens. Homens entre 20 e 24 anos são os mais atingidos, com 390 óbitos para cada 100 mil habitantes. Entretanto, as maiores vítimas das violências notificadas pelo SUS são as mulheres, tanto em termos proporcionais como na taxa de incidência, em todas as Unidades da Federação (UFs), especialmente entre as mais jovens, de 15 a 19 anos. Entre as UFs, o Distrito Federal e o Espírito Santo apresentam taxas de um caso para cada cem habitantes (1.022 no DF e 993 no ES).
Sexismo
Dentre as causas, o sexismo aparece como a motivação mais frequente da violência contra jovens nas notificações do SUS, correspondendo a 23,7% dos casos. Essa motivação é mais frequente nas violências sofridas por jovens entre 25 e 29 anos.
As mulheres também sofrem violências fatais mais diversificadas. Agressões por arma de fogo e objetos penetrantes/cortantes são as principais causas de morte violenta entre jovens. Porém, entre as causas de óbito de mulheres jovens também se destacam a morte por enforcamento, estrangulamento e sufocação.
As mulheres são mais assassinadas dentro de casa (34,5% das ocorrências, contra 9,6% dos homens), enquanto para os homens jovens o maior risco ocorre nas ruas (57,6%).